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Férias, crianças e decisões convenientes…

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Chega o verão, as “férias grandes” e vêm de novo à baila as questões que se relacionam com a ocupação útil e segura das crianças, enquanto os pais estão no trabalho.

Recentemente na Assembleia Municipal um pertinente e construtivo debate levantado em torno desta temática colocou a descoberto o quão perigoso pode ser emparceirar sem critério. Na verdade, a esfera pública – autarquias incluídas – tem tudo a ganhar com as parcerias estratégicas com privados – nomeadamente com as associações sem fins lucrativos como parceiros fundamentais – pois estas garantem respostas às necessidades das populações, que o serviço público por si só não cobre por falta de recursos.

É assim que hoje se sustentam grandes serviços públicos, com execução privada, de que são exemplo mais visível os que derivam da economia social, onde as IPSS prestam relevantes serviços nomeadamente na primeira infância (creches), na terceira idade (lares e centros de dia), entre outras populações desprotegidas.

Defendo que a intervenção do privado, eventualmente apoiada por dinheiros públicos, se justifica cada vez mais pelas necessidades que a sociedade sente nos seus dias. Mas só – e sempre – em complementaridade, onde o público não chega.

No caso concreto das escolas, atendendo ao modelo familiar dos dias de hoje, em que marido e mulher, em condições desejáveis e normais, trabalharão ambos, com exigências profissionais e de horário muitas vezes elevadas, a retaguarda para os filhos é um problema cada vez mais “bicudo”.

As autarquias e o Governo fazem um esforço no sentido de acautelar muitos dos momentos pré e pós escola durante o ano, mas o caso muda de figura quando chegam as férias escolares, nomeadamente o famigerado mês de Agosto.

Em minha opinião, porque nem todos têm férias em Agosto, é neste mês que a dificuldade é maior, quando os privados que organizam colónias e campos de férias encerram portas, pois o número de aderentes não justifica o volume de despesas.

E este é um argumento muito válido para as organizações privadas, com despesas e impostos para suportar, mas não pode ser invocado pela autarquia.

Pelo contrário, à autarquia cabe encontrar soluções e usar os meios e apoios financeiros disponíveis para criar condições de acolhimento à tal “meia dúzia” que foi invocada anteriormente.

São públicas as múltiplas parcerias, algumas até de pertinência pouco justificável, que duram apenas 11 meses do ano. Mas no mês de Agosto o serviço público não vai de férias, por isso, exigem-se soluções.

E nem é difícil, basta que se tomem decisões convenientes e não de conveniência!

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