O serviço de fisioterapia das Termas de Caldelas vai ser concessionado a uma nova empresa, mas continuará no mesmo local e manterá os trabalhadores actuais, ficando a firma obrigada a uma intervenção de requalificação no edifício actual.
A informação foi avançada esta segunda-feira pelo presidente da Câmara de Amares, Manuel Moreira, durante a reunião do executivo camarário.
Na reunião, autarquia aprovou a emissão de um parecer vinculativo favorável para que a empresa actual faça a concessão do serviço a uma nova concessionária, com quem depois a Câmara assinará um contrato de arrendamento – por 30 anos – para que o serviço ali possa funcionar.
«O contrato obriga a que a empresa mantenha a fisioterapia naquele local e que mantenha os funcionários. Terá ainda de fazer obras no edifício, uma vez que a ARS Norte não permite que continue nas condições actuais. Enquanto decorrerem as obras, a empresa tem que dar resposta a quem frequenta o serviço», explicou Manuel Moreira.
Embora aprovados por unanimidade, os pontos geraram um longo debate entre os vereadores, com o representante do PS, Pedro Costa, a pedir «mais transparência» quando estão em causa «processos de grande envergadura» como é o caso.
«Ao contrário do que aconteceu inicialmente, desta vez não fomos [vereadores da oposição] ouvidos. Este é um assunto que vem a reunião de Câmara com muito pouca informação disponível e que deveria ter tido muito mais transparência», afirmou.
Na resposta, o vice-presidente da autarquia, Isidro Araújo, disse que a venda da concessão «é um negócio privado», entre duas empresas, sendo que a autarquia «pretendeu, desde o primeiro momento, manter a fisioterapia em Caldelas e salvaguardar os funcionários».
«Aquilo que verdadeiramente nos preocupou foi que a fisioterapia não saísse de Caldelas e que os postos de trabalho fossem assegurados. Isso está definido, assim como a obrigação da empresa realizar as obras que são necessárias», frisou.