PAÍS

PAÍS -
Frente Unitária Antifascista convoca manifestação contra morte de Bruno Candé para este sábado em Braga

Share on facebook
Share on twitter

TÓPICOS

Share on facebook
Share on twitter

TÓPICOS

A Frente Unitária Antifascista (FUA) vai organizar duas manifestações na sexta-feira, em Lisboa e em Coimbra, e duas no sábado, em Braga e no Porto, contra a morte do actor Bruno Candé e de “todas as vítimas do racismo”.

“Iremos assumir o nosso compromisso para com a luta anti-racista, uma das lutas que compõem a luta antifascista (…), organizando em várias cidades do país homenagens ao Bruno Candé e a todas as vítimas do racismo e do fascismo, em Portugal e no mundo”, refere um comunicado divulgado na noite de terça-feira.

De acordo com a nota da FUA, as manifestações de sexta-feira decorrem em Lisboa, às 18h00, com ponto de encontro no largo de São Domingos, e em Coimbra, às 18h30, na praça 8 de Maio.

No sábado, os protestos prosseguem no Porto, às 16h00, na avenida dos Aliados, e em Braga, também às 16h00, na avenida Central.

No comunicado, a Frente Unitária Antifascista repudia “veementemente mais um crime”, que classificou como “racista, de uma já longa e triste lista”.

Bruno Candé, de 39 anos, foi baleado, no sábado, por outro homem, de 76 anos, em Moscavide, no concelho de Loures.

A FUA considera, que este crime é o “resultado do ódio” que é “promovido pela extrema-direita, nomeadamente pelo [partido] Chega”. Recorde-se que em comunicado divulgado no mesmo dia, a família disse que o actor “foi alvejado à queima-roupa” e que o suspeito da morte de Bruno Candé já o tinha “ameaçado de morte três dias antes, proferindo vários insultos racistas”.

“Esperamos que este crime não seja esquecido por quem de direito e que os tribunais actuem em conformidade para que a justiça se possa efectivar”, sublinha o comunicado.

Também na terça-feira, o grupo Acção Cooperativa – Artistas, Técnicos e Produtores, uma entidade que surgiu na área da cultura, em contexto de resposta à crise provocada pela pandemia, colocou online uma petição, na qual exige ao Governo a disponibilização de um subsídio vitalício para a família de Bruno Candé.

O actor iniciou o percurso no grupo de teatro da Casa Pia e frequentou posteriormente a formação do Chapitô, onde participou em vários espectáculos.

Bruno Candé trabalhava, desde 2011, com a Casa Conveniente, de Mónica Calle, onde participou no espectáculo ‘A Missão — Recordações de uma Revolução’, de Heiner Müller, que foi distinguido com o prémio de Melhor Espectáculo do Ano, em 2012, pela Sociedade Portuguesa de Autores.

O actor também fez parte do elenco de várias telenovelas, como a ‘Única Mulher’, da TVI.

O actor era casado e tinha três filhos menores.

O suspeito do homicídio, que se remeteu ao silêncio quando foi ouvido na manhã de segunda-feira, no Tribunal de Loures, vai aguardar julgamento em prisão preventiva.

Foto Gerardo Santos /Global Imagens

Share on facebook
Partilhe este artigo no Facebook
Share on twitter
Twitter
COMENTÁRIOS
OUTRAS NOTÍCIAS