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REGIÃO -
Garraiada. PAN acusa Câmara de Famalicão promover maus-tratos a animais

AComissão Política Concelhia do PAN de Famalicão considera “inadmissível” que a Câmara Municipal promova e apoie maus-tratos a animais, ao licenciar actividades como a garraiada que vai ocorrer este sábado em Gondifelos, no âmbito da Mostra Comunitária.

“Tentamos, hoje [sexta-feira], falar directamente com o vereador Helder Pereira, mas fomos, estranhamente, encaminhados para o departamento de comunicação, que nos informou que qualquer esclarecimento haveria de ser dado pelo presidente da Junta de Gondifelos, Manuel Novais”, conta refere Sandra Pimenta.

A porta-voz do PAN famalicense acrescenta que em contacto telefónico com o presidente da Junta, o partido foi informado que “teriam todas as licenças”.

“Ora, se assim é, significa que a Câmara Municipal contraria deliberadamente o objecto da petição que deu entrada em 2019, na Assembleia Municipal, solicitando o fim de qualquer actividade tauromáquica no concelho, e mais, apoia uma actividade que inflige maus-tratos a animais”, diz Sandra Pimenta.

Para o Pessoas-Animais-Natureza, “o entretenimento humano e a tradição não podem sobrepor-se à vida e bem-estar animal, nem, paralelamente, ao supremo interesse das crianças”, recordando que o Comité dos Direitos da Criança da ONU instou os Estados para que “adoptem medidas de sensibilização sobre a violência física e mental associada à tauromaquia e o seu impacto nas crianças”.

“Ora, durante o tempo em que decorrem estas acções, acontece muitas vezes existirem crianças no público, estas que estão expostas e observam estas práticas como sendo naturais, além de correndo, também elas, risco de vida ou ofensa à sua integridade física”, afirma responsável.

O partido lembra que ainda esta semana ocorreu um acidente, em Coruche, com quatro feridos envolvidos, entre os quais uma jovem de 20 anos e uma criança de 10 anos.

“Protecção e bem-estar animal não é só cuidar de cães e gatos, sendo que nem isso o executivo tem como preocupação, basta pensar na falta de políticas de prevenção no concelho”, refere a porta-voz concelhia, sublinhando que “além do mais deveria existir uma obrigação, nem que seja moral e ética, por parte do poder público de defender o bem-estar animal de práticas como estas”.

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