A partir desta sexta-feira, a GNR irá reforçar o patrulhamento de visibilidade direcionado para a prevenção de incêndios, em todo o território nacional, “em virtude da previsão de agravamento do perigo de incêndio”, anunciou a força policial.
A decisão, que vigorará “até o perigo de incêndio o justificar”, surge “tendo em consideração o aumento das temperaturas, a previsão de vento forte e a diminuição da humidade relativa do ar, previstos para os próximos dias”.
“A GNR, através das suas várias valências, nomeadamente de Proteção da Natureza e do Ambiente, Territorial e Investigação Criminal, irá intensificar a vigilância em determinadas zonas do país, nomeadamente nos locais em que o risco previsto seja elevado, muito elevado e máximo, com o intuito de prevenir a ocorrência de comportamentos de risco e de incêndios rurais”, refere.
Neste âmbito, a GNR apela à população para a importância de adoção de comportamentos seguros, nos espaços florestais e agrícolas, nos dias de risco de incêndio muito elevado e máximo, devendo evitar, nomeadamente:
- fumar, fazer lume ou fogueiras;
- fazer queimas ou queimadas;
- lançar foguetes e balões de mecha acesa;
- fumigar ou desinfestar apiários, salvo se os fumigadores estiverem equipados com dispositivos de retenção de faúlhas;
- circulação de tratores, máquinas e veículos de transporte pesados que não possuam extintor, sistema de retenção de faúlhas ou faíscas e tapa chamas nos tubos de escape ou chaminés.
DETIDAS 26 PESSOAS
No âmbito das suas competências, desde 01 de janeiro até 12 de setembro, a GNR realizou 38.251 patrulhas, que resultaram na identificação de 361 suspeitos e na detenção de 26 indivíduos pelo crime de incêndio florestal. Ainda neste âmbito, foram registados 5.049 incêndios rurais, os quais resultaram em 15.070 hectares de área ardida.
Do total de incêndios investigados pela GNR, no que diz respeito às suas causas, 28% são devidos ao uso negligente do fogo (queimas, queimadas, entre outros), 26% são causas indeterminadas, 25% são devidos a incendiarismo, 13% devem-se a causas acidentais (transportes e comunicações), 4% são derivadas de reacendimentos, 1% são causas naturais e 1% devem-se a causas estruturais (caça e uso do solo).
A Guarda Nacional Republicana, através do Serviço da Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), tem como preocupação diária a proteção ambiental e dos animais. Para o efeito, poderá ser utilizada a Linha SOS Ambiente e Território (808 200 520) funcionando em permanência para a denúncia de infrações ou esclarecimento de dúvidas.