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Guarda da GNR de Mondim de Basto julgada por ameaçar superior com pistola

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O Tribunal de S. João Novo, do Porto, agendou, hoje, para 21 de Novembro, as alegações finais do julgamento de uma militar da GNR que
respondeu pelo crime de «insubordinação por ameaças ou outras ofensas», por ter apontado uma pistola, carregada e municiada, a um
superior hierárquico, justificou-se em audiência, dizendo que “ele queria que eu satisfizesse os seus caprichos sexuais”.

Hoje, na segunda sessão do julgamento, foram ouvidas as testemunhas de defesa e de acusação.

A acusação refere que Carla Fernandes apontou a pistola ao guarda principal Luís Borges, seu chefe de patrulha, em pleno posto da GNR em Mondim de Basto. Tê-lo-á feito, em maio de 2018, após uma discussão em que caiu ao chão.

A arguida diz que levou um «encontrão» no ombro que a fez tombar, mas a versão do colega é a contrária, a de que foi ela que caiu após lhe ter dado um empurrão.

Outros dois militares do posto corroboram a versão do guarda principal.

Na primeira audiência, a militar disse que o guarda Borges a importunava, com atitudes de cariz sexual, como a de a “tentar beijar” ou de “tentar meter-lhe a mão entre as pernas quando iam numa viatura da Guarda. O que este nega, dizendo que ela, exaltada, o insultou, chamando-lhe “burro”, e o ameaçou, sem razão aparente.

PATRULHA

Os factos ocorreram na noite de 19 para 20 de maio de 2018, no posto, quando ambos iam para uma patrulha, depois de terem estado 15 horas em serviço, pago, no rali de Portugal. Patrulha que, ficou sem efeito.A militar, que é defendida pela advogada Mariana Agostinho, do escritório de João Magalhães, afirmou, ainda, que terá sido alvo de “perseguição através de mensagens” por parte do «principal».

“Certa vez, estava eu no posto a fardar-me e ele atirou-me para a cama; aí, eu disse-lhe para sair ou gritava. Noutra ocasião, foi a minha casa, de surpresa, e nas patrulhas de carro metia a mão na minha perna”, contou. Sobre os factos em julgamento disse que, “naquela noite, ele lhe deu um encontrão: eu apontei-lhe a arma porque, ao cair, esta magoou-me e eu pu-la no chão. Vi que ele me ia pontapear e ameacei-o.

Ainda me tentou beijar”, revelou. Já o guarda Borges disse o contrário, tese que deve ser corroborada pelas testemunhas de acusação, que presenciaram a «cena»:”Fiquei surpreendido, ela ligou-me exaltada e a dizer-me que eu estava a gozar com ela por nunca mais chegar. Depois, disse que eu era mais um burro que ia aturar e eu pedi satisfações. Então, deu-me um encontrão e atirou-se para o chão. Eu disse-lhe para se levantar, se deixar de fazer fitas e ir trabalhar.

Aí apontou-me a arma”, relatou.O julgamento prossegue hoje.

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