O Município de Guimarães está a alargar a oferta de refeições vegetarianas a todos os ciclos de ensino e secundário. Dá sequência a um projeto lançado no ano letivo 2022/2023.
Enquadra a oferta de uma refeição vegetariana mensal nos refeitórios dos estabelecimentos de ensino do 1º ciclo de nove Agrupamentos de Escolas.
A medida obteve «excelente aceitação por parte das crianças e alunos, especialmente porque se procura adaptar as preparações ricas em proteína de origem vegetal que já tinham boa recetividade por parte destes, como o chili, a feijoada, a massa à lavrador ou o rancho», escreve o Município, em comunicado.
Face a estes resultados, o Município de Guimarães irá alargar a oferta de refeição vegetariana mensal, em substituição da refeição de carne, peixe ou ovo, aos restantes estabelecimentos do 1º ciclo e, ainda, às escolas de 2º e 3º ciclos e escolas secundárias, já no próximo mês maio.
«Os desafios enfrentados coletivamente, quer ao nível do combate às alterações climáticas, quer ao nível da preservação dos ecossistemas naturais e do ambiente, obrigam a repensar a forma como nos alimentamos», acrescenta a autarquia.
«Várias organizações, como é o caso do IPCC (Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas), reconhecem que uma das formas mais sustentáveis de o fazer é através do reforço do consumo de proteína de origem vegetal (através das leguminosas – feijão, grão, lentilhas, ervilhas, favas, entre outros) e da redução do consumo de proteína animal», esclarece.
Para além disso, «as refeições de base vegetal ampliam a diversidade alimentar e podem acarretar benefícios para a saúde como a diminuição do risco de desenvolvimento de obesidade, de diabetes e de doenças cardiovasculares em idade adulta», finaliza.
Recentemente, foi lançado o novo SPARE – Sistema de Planeamento e Avaliação de Refeições Escolares – uma ferramenta informática que permite planear refeições escolares de acordo com as principais recomendações alimentares e nutricionais nacionais e internacionais vigentes.
Este preconiza a presença de leguminosas nas refeições, como fonte proteica principal, pelo menos, 1 vez por mês.
Foi concebido, planeado e desenvolvido pela Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto por solicitação da Direção Geral da Saúde no âmbito do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável.