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Isabel Carvalhais defende autonomia da UE na área dos fertilizantes

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A eurodeputada socialista Isabel Carvalhais defendeu no Parlamento Europeu a “clara necessidade” da União Europeia (UE) garantir a autonomia na área de produção de fertilizante, na sessão plenária que, na passada quinta-feira, aprovou uma resolução onde se apela à Comissão Europeia para que seja delineada “uma estratégia a longo prazo para assegurar o fornecimento de fertilizantes, aumentar a sua autonomia estratégica e reduzir os preços”.

Na sessão do Parlamento, sobre a acessibilidade e a disponibilidade de fertilizantes na UE, os eurodeputados pediram à Comissão para “intensificar os seus esforços garantindo a disponibilidade de fertilizantes a preços acessíveis para combater a escassez potenciada pela guerra” a para que a União “ seja menos dependente de fertilizantes importados”.

Referindo que “os agricultores vivem tempos difíceis, enfrentando sucessivas crises, desde uma das maiores secas de que há memória com efeitos particularmente devastadores no Sul da Europa”, até aos impactos da guerra russa contra a Ucrânia, com destaque para a escassez e o “aumento brutal” dos preços dos fertilizantes, Isabel Carvalhais afirmou que há que “saber tirar lições destes momentos de crise”, e uma dessas lições “incide precisamente na clara necessidade de aumentarmos a autonomia estratégica da UE na área de produção de fertilizantes – um dos factores de produção mais importantes e que mais pesam nos custos dos nossos agricultores”.
 
Para os deputados estas e outras disrupções recentes impactam fortemente sobre a agricultura, sobre a produção alimentar e, como não poderia deixar de ser, também sobre o custo dos produtos alimentares, aumentando o risco de insegurança alimentar para milhões de cidadãos na Europa.
 
“Problemas complexos não podem ter soluções simplistas e únicas. Temos de ser capazes de repensar os nossos sistemas de produção e avançar em várias frentes, na direcção de sistemas alimentares mais sustentáveis e em harmonia com o meio ambiente e a saúde dos nossos cidadãos”, disse a parlamentar europeia, frisando que “esta crise também tem de ser entendida como uma oportunidade para repensarmos todo o sistema de produção, e avançarmos para acções em múltiplas frentes.”

Para Carvalhais, “uma autonomia estratégica do sector agrícola europeu passa por isso por uma menor dependência de inputs externos, com reforço da produção de fertilizantes na Europa assente na utilização de energias renováveis e na reciclagem de nutrientes, e por uma aposta clara em sistemas mais circulares do ponto de vista da gestão dos nutrientes, que coloquem a promoção de um solo vivo e saudável no centro da prática agrícola, acelerando o processo de descarbonização e a utilização de nutrientes livres de fósseis e reciclados para produzir fertilizantes”.

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