Um laboratório chinês das áreas da Engenharia Aeroespacial e das Energias Oceânicas vai ser instalado em Valença, de acordo com uma nota da Câmara valenciana.
A nota adianta que, esta terça-feira, realizou-se um encontro que visou “estreitar parcerias” no sentido de criar esta infraestrutura no concelho.
Além do presidente do município, o socialista José Manuel Carpinteira, e do vice-presidente da MicroSat (Centro Espacial Chinês – Yonghe Zhang), o encontro teve presenças de peso, o que revela desde logo a importância do projeto: Confederação Empresarial do Alto Minho (CEVAL), Universidade do Minho, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), Ordem dos Engenheiros da Região Norte, Instituto Politécnico de Viana do Castelo e consórcio da Aeroplanum (consultadoria no sector da aviação).
De acordo com a autarquia, o novo laboratório tem por “grande objetivo” desenvolver tecnologias e sistemas para a exploração e gestão sustentável do espaço e das energias oceânicas, e testando soluções tecnológicas inovadoras nestas áreas.
Pretende ser ainda ser “o embrião de novas empresas, altamente qualificadas nestas áreas com forte impacto na dimensão tecnológica e de investigação aplicada no campo aeroespacial”.
PROJETO “ÂNCORA ESTRATÉGICO”
Para José Manuel Carpinteira, “esta parceria atrai até Valença, tecnologia, conhecimento e investimento que abrirá novos horizontes para colocarmos o Aeródromo de Cerval, como elemento âncora estratégico ao serviço de Valença e de toda esta região transfronteiriça, potenciando as novas tecnologias, a criação de empresas tecnológicas e gerando emprego altamente qualificado”.
“O avanço desta iniciativa decorre do forte empenho para a criação de um laboratório designado STARLAB promovido pela Universidade do Minho e UTAD que tem vindo a unir esforços para que seja estabelecida entre Portugal e a China uma base sólida e reconhecida rede de parceiros internacionais”, referiu o autarca.
Após a reunião nos Paços do Concelho de Valença a comitiva visitou as instalações do Aeródromo de Cerval, onde tiveram a oportunidade de ver, in loco, o potencial deste espaço para o possível acolhimento deste tipo de “centros de excelência”.