Os peregrinos que no pós-pandemia queiram percorrer o Caminho da Geira e dos Arreiros têm agora ao seu dispor um guia ilustrado sobre o património deste itinerário jacobeu, que liga Braga a Santiago de Compostela na distância de 240 quilómetros.
O livro de bolso “Caminho de Santiago da Geira e dos Arrieiros – Guia visual comentado do património cultural e natural” é composto por 88 páginas, com 117 fotografias acompanhadas de textos sobre o património histórico-cultural e natural do caminho.
“O principal objectivo é que os peregrinos tenham informação sobre os elementos que encontram enquanto caminham. Era uma necessidade apontada por muitos caminhantes, já que sobre a grande maioria (igrejas, pontes, alminhas e outros) existe informação na Internet, mas não há em cartazes informativos nos próprios lugares”, explica Carlos de Barreira, co-autor do guia e presidente da associação espanhola Codeseda Viva.
A obra inclui informação sobre 50 igrejas, 12 pontes, igual número de cruzeiros e alminhas, sete rios e outros elementos, como paços senhoriais ou cruzeiros. “São também abordados os miliários da Geira Romana e outros aspectos muito relacionados com o caminho, como o vinho de O Ribeiro, os arrieiros ou o culto a São Roque”, adianta.
O “Caminho de Santiago da Geira e dos Arrieiros – Guia visual comentado do património cultural e natural” é uma edição em co-autoria de Carlos de Barreira e Jorge Fernández, coordenador da investigação sobre este itinerário jacobeu e também membro da associação Codeseda Viva.
O projecto começou a ganhar forma em Outubro de 2019, foi publicado na Amazon (onde pode ser adquirido por 14,14 euros) a 26 de Janeiro e os primeiros exemplares impressos datam de dia 3 de maio. “Já tínhamos esta ideia há muito tempo, mas demos-lhe forma quando terminou a temporada de chegada de peregrinos, em finais de Outubro passado”, conta Carlos de Barreira.
O guia está escrito em galego e, pelo menos para já, não é objectivo dos autores traduzi-lo para outras línguas. “Devido ao trabalho que pressupõe e o tempo que leva a paginar um livro com tantas fotografias, não pensamos publicá-lo noutros idiomas. Fizemo-lo em galego com a intenção de poder ser entendido pelos portugueses e espanhóis”, explica o presidente da associação Codeseda Viva.