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JUSTIÇA

JUSTIÇA -
Mais de 60 vítimas de abuso sexual da Igreja Católica pedem compensação financeira

São 67 as vítimas de abusos sexuais da Igreja Católica que pedem compensação financeira. O final do prazo estipulado pela Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) termina dentro de uma semana. Deste total, 31 já foram ouvidas por comissões de instrução.

A coordenação nacional das Comissões Diocesanas de Proteção de Menores e Adultos Vulneráveis avançou hoje, em comunicado, que na próxima segunda-feira chega ao fim o prazo para estes pedidos de compensação.

O prazo foi definido, numa primeira instância, para 31 de dezembro de 2024, sendo depois alargado para 31 de março de 2025.

«Dos 67 pedidos de compensação apresentados até ao momento foram ouvidas 31 pessoas pelas comissões de instrução, das quais 18 são do âmbito de atuação das comissões diocesanas», aponta o comunicado.

As comissões são compostas por duas pessoas, pelo menos, sendo uma delas apontada pela equipa de coordenação nacional das comissões diocesanas e outra pelo grupo VITA, criado pela CEP para acompanhar os casos de abuso na Igreja.

«A esmagadora maioria das vítimas declarou que se sente ouvida, respeitada e acolhida pelas comissões de instrução», diz o comunicado. Ainda, as comissões estarão disponíveis para «acolher e escutar as vítimas», bem como continuar a receber os pedidos de compensação após 31 de março.

O documento aponta «gratidão a todas as pessoas vítimas de abusos sexuais no contexto da Igreja Católica em Portugal por se dirigirem às estruturas nacionais e diocesanas», apelando para que, quem ainda não o fez, que apresente pedido de compensação até final de março.

Os pedidos estão em análise por duas comissões, uma que avalia os factos e outra os montantes, de acordo com um regulamento de julho de 2024.

Em fevereiro de 2023, a CEP recebeu um relatório da Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica em Portugal com 512 testemunhos validados num total de 564 com casos entre 1950 e 2022.

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