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Mais de uma centena do Alto Minho e da Galiza já reclamaram do fecho das fronteiras

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O formulário online criado há seis dias para recolher os testemunhos de trabalhadores transfronteiriços prejudicados pelo fecho de fronteiras entre Portugal e Espanha, registava esta segunda-feira 132 reclamações.

Fonte do Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial (AECT) Rio Minho que, na última terça-feira criou o formulário, disse à Lusa que até esta segunda-feira foram registados 132 testemunhos de trabalhadores transfronteiriços que sofrem “prejuízos” com o encerramento das passagens entre o Alto Minho e a Galiza.

Actualmente, das oito passagens que ligam o distrito de Viana do Castelo à Galiza, o atravessamento da fronteira durante 24 horas apenas está autorizado na ponte nova de Valença. Há ainda em Monção e Melgaço pontos de passagem que estão disponíveis nos dias úteis, das 07h00 às 09h00 e das 18h00 às 20h00.

Na terça-feira, reabriu parcialmente a fronteira da Madalena, no Lindoso, Ponte da Barca, considerada a “única porta de entrada” do Alto Minho na província de Ourense, na Galiza, em Espanha.

Anteriormente, o agrupamento europeu que integra 26 municípios do distrito de Viana do Castelo e da Galiza, explicou que o formulário pretende “aferir o tipo de prejuízo sentido” pelos trabalhadores transfronteiriços, disponibilizando “um registo online para as pessoas afectadas pelo encerramento de fronteiras, com o intuito de proceder à compilação de um dossiê que sirva de base reivindicativa junto dos Governos de Espanha e Portugal”.

Recorde-se que na semana passada, durante uma acção de protesto realizada do lado português da Ponte da Amizade, que liga Vila Nova de Cerveira a Tomiño, o director do agrupamento, Fernando Nogueira, disse que o organismo vai exigir aos Governos de Portugal e Espanha compensações económicas para “minimizar” os prejuízos causados a trabalhadores e empresas pelo encerramento das fronteiras.

Na ocasião, Nogueira, que é também presidente da Câmara de Vila Nova de Cerveira, frisou que um estudo encomendado pelo AECT Rio Minho ao doutorado em Economia da Universidade de Vigo Xavier Cobas, estima que o fecho de fronteiras entre Portugal e Espanha, no primeiro confinamento geral, em 2020, provocou “uma perda de facturação superior a 92 milhões de euros” naquele território.

De acordo com as estimativas de Xavier Cobas, o encerramento de fronteiras, durante o primeiro confinamento geral motivado pela pandemia de Covid-19, entre 17 de Março e 30 de Junho, “afectou cerca de 25.000 pessoas em toda a Eurorregião Norte de Portugal-Galiza e 10.000 nos distritos de Pontevedra e Viana do Castelo”.

Com sede em Valença, o AECT Rio Minho abrange 26 concelhos: os 10 municípios do distrito de Viana do Castelo que compõe a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho e 16 concelhos galegos da província de Pontevedra.

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