Luís Montenegro disse este domingo na Festa do Pontal que “o PSD está de volta para tornar a governar Portugal”. Já o ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho pediu ao partido que prepare uma alternativa ao Governo.
“Nós usámos na última semana uma frase muito simples: o Pontal está de volta. Mas não é só o Pontal que está de volta. A máquina laranja também está. O PSD, partido de referência do nosso sistema, está de volta para tornar a governar Portugal”, começou por dizer o líder dos social-democratas.
Depois de cumprimentar Passos Coelho, passou ao ataque ao Governo: “Seria um Governo novo em qualquer parte, mas este é tão igual aos anteriores que nós temos a sensação que é o velho Governo socialista que faz empobrecer Portugal”.
Refutando a ideia de que o PS esteve preso pelo BE e pelo PCP, o líder social-democrata responde com uma questão. “Neste momento, o PS tem maioria absoluta, não depende do PCP e do BE e a questão é: mudou alguma coisa? O problema da falta de transformação em Portugal não estava no PCP ou no BE. Estava e está no PS””, considerou.
“Temos quase um milhão de pessoas que ganham o salário mínimo nacional. E temos um salário mínimo que está a encostar ao salário médio. Este processo de empobrecimento não tem nenhuma expectativa de quebra nos próximos anos”, afirmou, referindo que “o país está a empobrecer”.
Nesse sentido, Luís Montenegro respondeu ao apelo que Pedro Passos Coelho tinha feito à chegada ao Pontal. “O que temos de fazer no próximo ano é construir uma alternativa de governo”, assumiu o líder social-democrata.
Entretanto, voltaram os ataques. “Temos um Governo de casos. E muitos”, disse, lembrando a questão do novo aeroporto de Lisboa, o problema com a Endesa ou a contratação de Sérgio Figueiredo, por exemplo.
“Neste governo dos despachos, quem está a pedir para ser despachado é mesmo o Governo”, atirou.