O presidente da Câmara de Amares, Manuel Moreira, sublinhou esta terça-feira que a concessão das Termas de Caldelas é para avançar, reiterando que a autarquia «não tem vocação» nem disponibilidade financeira para fazer a exploração do complexo termal.
«Percebo o presidente da Junta e todos aqueles que entendem que deve ser a Câmara a assumir a gestão, mas mantenho o mesmo rumo. Não temos vocação para gerir as termas, porque estamos a falar de uma máquina muito pesada e que requer muito dinheiro», disse.
O autarca lembrou que o complexo é composto por seis edifícios, sendo que «todos eles precisam de ser requalificados», num investimento previsto de cerca de quatro milhões de euros, sublinhando que a Câmara «tem outras prioridades».
A intervenção de Manuel Moreira foi feita em resposta a uma questão levantada pelo vereador do PS Pedro Costa, que se mostrou «surpreendido» com as afirmações do presidente da Junta José Almeida e da vereadora Cidália Abreu na conferência de imprensa de reabertura das termas, que assumiram ser favoráveis a que a gestão fosse assumida directamente pela autarquia.
Partilhando da ideia de que a «concessão é a que serve melhor os interesses» das Termas de Caldelas, «para revitalizar e dar um novo impulso àquele local», Pedro Costa frisou que a autarquia «não pode agora borregar», ou seja, alterar o rumo que pretendia seguir.
«Infelizmente, o Município não tem condições, não tem um plano de viabilidade económica nem de revitalização de toda aquela zona. Por isso, a melhor solução é a concessão, com um caderno de encargos rigoroso e ambicioso», vincou.
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