Morreu esta quinta-feira, aos 73 anos, o cónego João Aguiar Campos. Natural do Campo do Gerês, no concelho de Terras de Bouro, foi vítima de doença prolongada.
Na ocasião, em entrevista à agência ECCLESIA, João Aguiar Campos disse que gostaria de ser um “místico de cada dia” e deseja ser recordado como quem fez “alguma coisa de bem” para alguém.
“Se me quiserem fazer algum elogio – ainda não o mereço – seria dizer-me: o padre João, sendo um padre secular, tornou-se num místico do cada dia. Um espantado místico de cada dia”, acrescentou.
Ainda não são conhecidas as datas das cerimónias fúnebres.
PERFIL
João Aguiar Campos nasceu no ano 1949 em S. João do Campo, Terras de Bouro, e foi ordenado padre no dia 25 de março de 1973. Entre 1974 e 1976 frequentou Ciências da Informação na Universidade de Navarra, Espanha.
Em 1976 começou a trabalhar no Diário do Minho, da Arquidiocese de Braga, onde foi director entre 1997 e 2005; em 1981 iniciou funções na Rádio Renascença, tendo ocupado a presidência do Conselho de Gerência da emissora católica portuguesa entre 2005 e 2016.
Em 2011 foi nomeado director do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais (SNCS), cargo que ocupou até Abril de 2016.
A 5 de Maio de 2016, o SNCS entregou-lhe de forma honorífica o prémio de jornalismo ‘D. Manuel Falcão’, juntamente com o cónego António Rego.
Entre as obras publicadas estão “Circunstâncias” (2016), “Rio abaixo” (2017), “Descalço também se caminha” (2019), “Morri ontem” (2019), “Fragmentos” (2020), “InTemporal” (2021), “Flores de Feno” (2021) e “Cochichos” (2023).
Em Janeiro de 2022, o cónego João Aguiar Campos foi condecorado por Marcelo Rebelo de Sousa com o grau de comendador da Ordem de Mérito, numa cerimónia no Palácio de Belém.