“O mundo precisa de homens feministas”. As palavras são do ministro da Educação, João Costa, que esta quarta-feira participou na sessão de abertura do ‘Fórum da Igualdade: Encontro Feminista’ que decorre em Guimarães.
A sessão de abertura do “Fórum da Igualdade: Encontro Feminista” decorreu esta quarta-feira, com as intervenções do Ministro da Educação, João Costa, e do Presidente da Câmara de Guimarães, Domingos Bragança.
João Costa fez questão de sublinhar que “a igualdade nunca é um direito adquirido”, apontando o desrespeito pelos direitos das mulheres em países como Irão ou Afeganistão, com as notícias diárias a reportarem situações que violam os direitos das mulheres.
“Nunca nos cansamos de trabalhar e discutir a igualdade”, apontou o ministro. “A igualdade nunca é um direito adquirido. As conquistas passam por direitos fundamentais, mas podem sempre recuar e andar para trás”.
Para o membro do Governo, este fórum, que termina esta quinta-feira “coloca o dedo em várias feridas e que estão por sanar”.
“Em vários países do mundo assistimos diariamente aos direitos das mulheres a serem desrespeitados. Solidarizamo-nos e manifestamo-nos. Mas o respeito pelos direitos das mulheres também é quebrado perto de nós e não podemos baixar os braços porque aqui também há desigualdade”, disse.
João Costa alertou para o risco de se pensar que a violação dos direitos das mulheres “só acontece lá longe, nalguns países”. “Ela acontece no meu bairro, na minha cidade, no meu país”, frisou.
Ainda que essa violência e desrespeito pelos direitos das mulheres possa não ter uma expressão tão violenta como nalguns lugares do mundo, “não podemos baixar os braços e conformarmo-nos porque aqui não é tão mau”, o governante sublinhou: “sempre que há desigualdade é mau, sempre que há violação de direitos humanos é mau”.
“Esta é uma luta de todos, não é uma causa de mulheres, é uma causa de todos e o mundo precisa de homens feministas”, atirou João Costa.
PASSAR À ACÇÃO
Já o residente da Câmara de Guimarães, Domingos Bragança, centrou a sua intervenção na vertente da educação.
“Guimarães elegeu como pilares para o seu desenvolvimento a Educação, a Cultura e a Ciência. Entendemos assim empoderar os cidadãos, onde todos estão incluídos, e robustecer a economia e alertamos para as principais preocupações com as causas climáticas”, disse o autarca socialista.
“Neste empoderamento dos cidadãos está a preocupação e a causa pela Igualdade de Género, a capacidade de entender onde está a desigualdade. É preciso após estruturar pensamento para passar à acção e há ainda muita conquista para fazer”, afirmou, esperando que o evento “tenha modo e meios de passar a informação para a comunidade e de envolver essencialmente as nossas escolas, a começar pelas crianças e pelos mais jovens, na vertente da educação para a construção de uma sociedade inclusiva, diversa e justa”.
O ‘Fórum da Igualdade: Encontro Feminista’ que decorre até esta quinta-feira, conta com a participação de feministas e especialistas de Portugal, França e outros países, através da Temporada Cruzada, para discutir e promover a Igualdade de Género na Europa, um dos eixos da Temporada luso-francesa.