A Assembleia Municipal de Terras de Bouro reuniu, esta sexta-feira, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, nesta que foi a quinta sessão ordinária do órgão deliberativo no presente ano e que teve como principal foco a análise e votação do orçamento para 2023.
Assim, este Plano Orçamental foi presente a votação e acabou aprovado por maioria, registando apenas uma abstenção por parte do representante do Partido Socialista (PS), Vítor Fernandes.
Para o presidente da Câmara Municipal de Terras de Bouro, Manuel Tibo, este orçamento é «ousado» e explicou que a autarquia pretende «continuar a apoiar a educação e a prestar o melhor serviço à população».
«O orçamento para o ano de 2023 apresenta uma previsão global de 17.595.813 de euros, sendo que a receita corrente fixar-se-á em 10.348.105 de euros, que suportará a despesa corrente previsional de cerca de nove milhões de euros», explicou o edil terrabouresne.
Esta receita representa um acréscimo de 4% relativamente ao ano de 2022, sendo € 10.348.105 de natureza corrente, € 5.275.158 de capital e € 1.972.545 relativos a receita não efetiva.
Para além disso, «as projeções realizadas demonstram a elevada dependência do Orçamento Municipal das transferências de entidades externas, quer através do Orçamento do Estado, quer através dos subsídios ao investimento, no âmbito de programas comunitários».
«No que se refere às despesas, em 2023, as despesas de natureza corrente apresentam um peso de cerca de 51,65%, as de capital de 45,91% e a despesa não efetciva de 2,44%. A rubrica com maior peso no capítulo das despesas é a rubrica de investimentos que representa cerca de 44,05% do total das despesas», anunciou o autarca terrabourense.
Na sua intervenção, Manuel Tibo fez ainda questão de destacar, para 2023, a intenção da criação de um gabinete de Apoio ao Idoso, para que esta comunidade «possa ter apoio de enfermagem, médico e de combate à solidão, com um psicólogo em casa».
ABSTENÇÃO EXPLICADA
«O Partido Socialista deseja que todo este Plano Orçamental corra pelo melhor, mas sabemos que nem tudo é executável. As contingências e o imprevisível são enormes e a Câmara vai ter que ter capacidade de apoios sociais para dar resposta a situações mais prementes que possam existir», apontou Vítor Fernandes.
O representante do PS apontou o nível de vida, os rendimentos e a questão do envelhecimento e da diminuição da população como os «desafios mais exigentes a resolver».
«A nossa abstenção surge, essencialmente, porque acreditamos que as prioridades para este orçamento deveriam ser outras do que as apresentadas», elucidou o socialista.