Por Manuel Sousa Pereira
Os novos desafios da partilha de conhecimento passam por dinamizar e potenciar a digitalização, a pedagogia e a organização de espaços físicos, com a preocupação continuada em proporcionar as melhores condições de aprendizagem e a sua adequação às novas exigências do ensino.
A pandemia veio acelerar a utilização dos meios digitais procurando compensar a ausência de contato físico com os alunos, formandos ou participantes, com aspetos positivos na medida em que foi possível continuar a partilhar conhecimento, independentemente da distância ou localização, mas também trouxe novos desafios como a falta de interação face a face, tendo sido um novo desafio para todos os professores, formadores ou monitores da aprendizagem.
Neste sentido, é necessário implementar novas dinâmicas e novos formatos de aprendizagem, capazes de proporcionar diferentes e relevantes aspetos de construção e partilha de conhecimento, cada vez digitais, interativas e inclusivas tais como, os seguintes métodos e ferramentas de aprendizagem; Brainstorming, Flipped Learning, Service BL, Think-Pair-Share, Buzz Groups, Quizz, Mapas Mentais, Escrita Colaborativa, Two Minute Paper, Challenge Based Learning, entre muitas outras.
A partilha de conhecimento na atualidade procura formatar dinâmicas de inclusão e participação ativa num processo de aprendizagem, que deverá ser sempre criativo, interativo e inovador, agregando, simultaneamente, processos de facilitação, inspiração e motivação constantes, procurando incorporar novos conhecimentos, habilidades e competências, que em contexto presencial, digital ou ambos, procura proporcionar experiências únicas e adaptadas às especificidades do público-alvo.
Relativamente à inovação pedagógica é fundamental envolver os participantes nas atividades de aquisição conhecimento, intervindo ativamente, proporcionando feedback contante para estabelecer estratégias de aprendizagem, capazes de serem simultaneamente competências e habilidades relevantes para a sua melhor performance pessoal e profissional.
Sobre a organização dos espaços físicos e a sua importância para a dinamização de experiências positivas e marcantes de aprendizagem, torna-se necessário ajustar os ambientes de ensino (edifícios, salas, lay out, equipamentos tecnológicos, disposição dos móveis, espaços de convívio, participação, e interação individual e em grupo, etc…) aos participantes, proporcionando as melhores práticas de aprendizagem, facilitando dinâmicas de comunicação, interação e co-criação e contribuindo para um ambiente físico e emocional em sintonia com os objetivos a alcançar.