No “Dia Mundial de Combate ao Cancro do Ovário” (8 de Maio), o Pessoas-Animais-Natureza deu entrada de uma iniciativa na qual defende que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) passe a «assegurar o acesso a todas as mulheres com cancro do ovário ao tratamento de manutenção em primeira linha para esta doença oncológica, independentemente de haver ou não mutação genética».
«Alargar o acesso a todas as mulheres com esta doença, quer exista ou não mutação dos genes sBRCA ou Gbrca, poderá significar mais anos de vida e melhor qualidade de vida para as doentes», advoga a porta-voz e deputada do PAN, Inês de Sousa Real.
«É uma questão de equidade, até porque as doentes sem mutação constituem a maior parte dos casos de cancro do ovário – 75% -, mas também as que apresentam maiores necessidades médicas por causa de terem normalmente um pior prognóstico», refere Inês de Sousa Real, recordando os termos da petição entregue esta segunda-feira no Parlamento. Por outro lado, e de acordo com o Movimento Cancro do Ovário e outros Cancros Ginecológicos, o desigual acesso «agrava-se entre quem tem ou não capacidade financeira para ter acesso a este tratamento nos hospitais privados».
O alargamento de acesso proposto é já uma prática existente noutros países que o PAN quer ver ser implementado em Portugal.
CANCRO DO OVÁRIO
Podendo invadir ou disseminar-se noutros órgãos e ter diferentes tipos (em função da natureza das células afetadas), o cancro do ovário é o cancro ginecológico com «maior taxa de mortalidade» – média de 380 mortes a cada ano -, o que, de acordo com a Associação-Movimento Oncológico Ginecológico, faz desta a «oitava doença mais mortal nas mulheres e a quinta doença oncológica mais mortal nas mulheres».