Uma “homenagem à jovem iraniana Mahsa Amini” – morta após tortura da polícia dos costumes no Irão – abriu esta sexta-feira, 12 de Maio, as Provas de Aptidão Profissional (PAPs) do Curso de Esteticista da Escola Profissional Amar Terra Verde (EPATV).
Mahsa Amini, originária do Curdistão (noroeste), foi detida pela polícia da moralidade a 13 de Setembro em Teerão, por «vestir roupas inadequadas», tendo morrido três dias depois num hospital quando ainda estava sob custódia policial.
«Deixou o mundo ver algumas mechas do seu cabelo. Tinha 22 anos, era bonita, e cheia de esperanças e promessas. Morreu sob custódia da polícia moral do Irão». A seguinte passagem serviu de mote para o arranque das PAP’s do curso de Esteticista na EPATV, tendo as alunas Mónica Marques e Alexandra Gonçalves recordado que «não foi a primeira, nem será a última». Por isso, apresentaram uma prova de maquilhagem artística, com um poema de Eugénio de Andrade como pano de fundo, em que «é urgente o amor» em prol de uma «sociedade empática, inclusiva e igualitária».
O júri, presidido por Paula Fernandes e constituído pelas professoras Maria José Falcão, Raquel Pinto, Maria do Carmo Moreira e a esteticista e cabeleireira Adriana Silva, foi contemplado com vários “mimos” após a prova protagonizada por dezasseis finalistas.
Na prova de Massoterapia – desenvolvido por Ângela Cunha, Cassandra Monteiro, Luciana Moreira e Maria Santos – as finalistas apresentaram uma prova de massagem dorsal que permite «dar resposta a uma grande percentagem de população mundial que tem ou já teve dor no dorso (costas). Esta massagem melhora o sistema linfático, é relaxante e inclui deslizamentos, fricções, amassamentos e vibrações, sem ignorar os ensinamentos da medicina tradicional chinesa».
Por outro lado, Ana Carolina Cerqueira, Ana Francisca Martins e Joana Leite Sepúlveda executaram uma «maquilhagem de noiva entre o dia e a noite».
Por sua vez, Margarida Vieira, Carina Azevedo e a Lisandra Pimentel proporcionaram uma prova de “Look Night”, sustentando que esta deve «começar sempre pelos olhos, construindo uma maquilhagem arrojada e garantia de auto-confiança».
«Tão curiosa e inovadora» foi a massagem de cadeira apresentada por Mariana Silva e Beatriz Afonso, ao ponto da júri, Paula Fernandes, querer fazer a experiência. Trata-se de uma «massagem apropriada para os locais de trabalho que melhora a produtividade, diminui o “stress”, motiva os trabalhadores e inclui deslizamentos, pressões e batimentos».
A formadora Maria José Falcão revelou, no final das provas, que os estágios prosseguem agora nas empresas e «só não vai trabalhar quem não quiser».