No âmbito da sua campanha pela mobilidade, o grupo parlamentar do PCP na Assembleia da República questionou o Governo sobre a oferta de transportes na Linha de Guimarães, entre o centro da cidade, e a freguesia de Lordelo.
A questões dirigidas à tutela surgem na sequência das notícias que davam conta de um “chumbo” pela empresa IP – Infraestruturas de Portugal de um projecto da Câmara de Guimarães para o funcionamento de um transporte entre o centro de Guimarães e a freguesia de Lordelo.
As notícias avançavam a possibilidade de se pôr a circular um metro ligeiro no troço Guimarães-Lordelo da linha de comboio, de forma a criar uma alternativa de transporte público para a zona sul, que não passasse pela congestionada EN 105. No entanto, não era referido qualquer contacto com a CP.
É neste contexto, os comunistas querem agora saber se o Ministério das Infra-estruturas, através da IP emitiu um parecer sobre a possibilidade de pôr a circular uma espécie de metro ligeiro no troço Guimarães – Lordelo? Em caso afirmativo, o PCP quer ver o parecer.
Os comunistas pretendem ainda saber se o ministro Miguel Pinto Luz conhece algum contacto com a CP – Comboios de Portugal para o estudo da eventual criação da referida nova oferta de transportes.
A finalizar, o PCP quer saber se o ministro considera a possibilidade de estudar soluções no âmbito do sistema ferroviário integrado, com ajustes na infra-estrutura e na operação da CP, tendo em conta “a actual linha e as vantagens de incluir o reforço da oferta no âmbito da empresa pública ferroviária”.
No documento ao Governo, assinado pelo deputado António Filipe, o partido manifesta-se contra a proposta da autarquia vimaranense, que aponta em colocar na mesma linha outro operador, “potencialmente para entrega a concessão privada por parte do município, inclusive com o afastamento da CP”.
“Um serviço como o proposto pela autarquia, com outro operador e com outro material circulante, até coloca entraves à própria ligação ferroviária entre Guimarães e Braga que deve estar em continuidade da Linha de Guimarães e depois de Braga ligar à Linha do Minho em Barcelos”, defende o PCP, sustentando que “o assunto a estudar pode ter resposta no âmbito do sistema ferroviário integrado, com ajustes na infra-estrutura e na operação da CP, e não em separado”.