Depois de Manuel Tibo, autarca local, se ter insurgido contra a possibilidade da Caixa Geral de Depósitos reduzir serviços na sede do concelho, o PCP junta-se e apela à mobilização da população de Terras de Bouro em defesa a Agência da CGD e das suas valências.
«A Caixa Geral de Depósitos desempenha no concelho de Terras de Bouro um serviço particularmente importante para assegurar o acesso ao serviço bancário à população com mais dificuldade em recorrer aos serviços informáticos, mas também para a realização de tarefas, pagamentos e recebimentos», assinala o partido, em comunicado enviado à nossa redação.
Lembra, a propósito, que «ao mesmo tempo que anuncia novos aumentos de lucros, até Setembro mais quase 40% do que em relação a período homologo no ano passado, o Conselho de Administração da CGD pondera a redução de serviços disponibilizados num grande conjunto de concelhos do interior do país e das ilhas, incluindo, segundo informações que chegaram ao PCP, a Agência de Terras de Bouro».
Na ótica dos comunistas, «são precisamente as zonas mais afetadas pela ação dos sucessivos governos, que encerraram escolas, centros de saúde ou extensões de centros de saúde, que são penalizadas pelo isolamento e distância de grandes centros urbanos e a outros serviços bancários – especialmente da CGD -, bem como pelo envelhecimento das populações que agora são confrontadas com mais esse recuo dos serviços».
A propósito, refere que «a Caixa Geral de Depósitos é a única instituição bancária pública e deve cumprir um papel digno da origem do seu capital: o de serviço público e de garantia de acesso a serviços bancários».
Na defesa da «banca pública», o PCP vinca que «muitos dos cidadãos de Terras de Bouro não dispõem de cartão de débito, ou não sabem fazer o uso correto dessa ferramenta. O balcão da CGD é hoje o único serviço que lhes permite aceder a numerário e as agências mais próximas situam-se em Amares e Vila Verde, ambas a cerca de 18 km».
Nesse sentido, o PCP manifesta «a sua rejeição pela política de desmantelamento da Caixa Geral de Depósitos, condena a decisão do Conselho de Administração de reduzir valências e automatizar serviços na agência de Terras de Bouro, e reclama que ao Governo para que intervenha no sentido da defesa do interesse público e das populações».