O líder do PS, Pedro Nuno Santos, classificou este sábado o programa eleitoral da AD como «um embuste» e «uma fantasia», considerando que a coligação PSD/CDS nunca conseguiria cumprir o que agora promete.
Em Esposende, perante cerca de 2500 apoiantes, num ambiente de arraial minhoto na Quinta de Malafaia, Pedro Nuno acusou a AD de enganar sistematicamente os portugueses, destacando a «falta de seriedade» do primeiro-ministro, Luís Montenegro, e do Governo.
«O programa da AD é mais um elemento daquilo que é um padrão de Luís Montenegro: enganar os portugueses. O programa que o PSD apresentou é um embuste, não corresponde à realidade, é falso, não permite cumprir aquilo que eles querem prometer aos portugueses», referiu.
O secretário-geral do PS criticou o líder do PSD e primeiro-ministro, Luís Montenegro, por ter falado no despesismo do programa eleitoral socialista.
Uma semana depois, apontou Pedro Nuno, a AD apresenta um programa eleitoral com uma despesa “que é o dobro” da que consta no programa do PS.
«O PSD e o seu líder não têm vergonha na cara, e quem não tem vergonha, como nós costumamos dizer, todo mundo é seu», comentou.
FALTA DA SERIEDADE
Para Pedro Nuno Santos, o PSD é um partido que tem «uma face em campanha e outra face no Governo» e «uma face em Portugal e outra face em Bruxelas».
«Sempre com o mesmo objetivo, enganar os portugueses para ter os votos dos portugueses», acrescentou.
Segundo o líder socialista, o PSD e Luís Montenegro colocaram no seu cenário macroeconómico uma taxa de crescimento económico “que não tem nenhuma adesão à realidade, que não corresponde a nenhuma projeção de nenhuma instituição nacional ou internacional”.
«Eles artificialmente inscreveram uma taxa de crescimento perto dos 3 % para terem as receitas para colocarem todas as suas propostas. Acontece que eles prometeram em fevereiro aos portugueses um crescimento perto dos 3% e apresentaram um crescimento, na realidade, a Bruxelas de 1,9 por cento. Apresentam umas contas aos portugueses em campanha e no Governo e a Bruxelas apresentam outras contas», apontou.
Para o líder socialista, este é mais um exemplo da «falta de seriedade» do primeiro-ministro e do Governo.
«A seriedade de um político traduz-se nas promessas e na governação de todo o seu governo», sublinhou.
Na sua intervenção, Pedro Nuno denunciou ainda os «truques» do Governo na questão do IRS, sublinhando que este imposto desceu sobretudo «por causa do PS».
Foto PS/Arquivo