Quase metade dos pedidos de patente portugueses na Organização Europeia de Patentes (OEP) em 2024 apontam uma mulher inventora. Assim, Portugal é o segundo país com mais mulheres responsáveis por descobertas. No total são 347 registos.
Em 2024, as empresas portuguesas fizeram 347 pedidos à OEP, sendo um novo recorde, sobretudo na área de tecnologia informática. O Patent Index 2024 foi publicado esta terça-feira e, segundo o mesmo, nos últimos cinco anos, houve um aumento de 4,8% face a 2023 e de 38,2% em relação a 2020.
Desse total, em 48% é mencionada uma mulher inventora, representado quase o dobro da média dos 39 membros da OEP.
A Macedónia do Norte supera Portugal, que está em segundo. No relatório, há assimetrias significativas nas áreas, sendo 13% na engenharia mecânica e 43% na química.
As tecnologias informática e médica estão no topo das invenções portuguesas, com 38 e 25 pedidos, respetivamente. O setor médico decresceu, ainda assim, 19% em relação a 2023.
Os pedidos portugueses também aumentaram nas áreas dos produtos farmacêuticos e da biotecnologia em 10,5% e 17,6%, respetivamente. As maiores estão nos setores da química orgânica (112,5%) e da tecnologia ambiental (150%).
Com 179 solicitações, sendo mais de metade dos registos, o Norte do país continua a liderar o ranking regional, tendo ainda um crescimento de 13,3% face ao ano anterior, seguido da região Centro (86 pedidos) e de Lisboa (69).
Quanto aos maiores requerentes, a tabela é liderada pela Nos Inovação e pela Altice Labs. No terceiro lugar está a Universidade do Porto com dez pedidos de patentes.
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