O preço dos passes dos Transportes Urbanos de Braga vai reduzir em 30% a partir de Fevereiro, graças à inclusão de uma verba para o efeito no Orçamento de Estado para 2020.
A promessa de descida do preço foi adiantada, ontem à tarde, em reunião do executivo camarário, realizada em Cabreiros, em resposta a
uma pergunta do vereador da CDU, Carlos Almeida.
O preço desce no quadro do Programa de Apoio à Redução Tarifária (PART), inscrito no Orçamento do Estado do próximo ano, com uma verba de 25 milhões de euros.
O edil bracarense salientou que a verba do PART a transferir para a CIM (Comunidade Intermunicipal) do Cávado vai duplicar logo que o OE entre em vigor, o que deve suceder em fevereiro.
Com o desconto de 30%, o preço do passe da modalidade «uma coroa» – que dá para percorrer nove freguesias de Braga – atualmente de 21 euros, vai passar para perto de 15.
Na ocasião, o autarca da CDU perguntou porque é que os TUB continuam a ter um horário de 40 horas semanais, a partir de janeiro, quando todo o univeso municipal passa a ter 35.
Em resposta, Rio explicou que a entrada das 35 horas nos TUB criaria enormes problemas à empresa, pelo que a administração decidiu, com a concordância do STAL- Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local que a redução será feita apenas em 2020.
RECUSADA PROPOSTA DO PS
Custa mais 600 mil euros e não é precisa. Foi esta a tese do presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, usada para explicar a rejeição, pela maioria PSD/CDS, da proposta socialista de aumento do valor que o Município transfere para as entidades que prestam o serviço de refeições aos alunos do 1.º ciclo no concelho. O autarca diz que o problema fica solucionado em janeiro.
O PS, pela voz da vereadora Liliana Pereira, propôs um aumento de 40 cêntimos para um euro, como modo de acabar com o subfinanciamento das entidades que fornecem o almoço, juntas de freguesia incluídas. A inicitiva surge na sequência da polémica gerada pelo facto de, em algumas escolas, estar a ser cobrada uma verba extra aos pais dos alunos, para pagar o custo do acompanhamento, por auxiliares, dos alunos, no período que medeia, entre o fim da refeição e o recomeço das aulas.
Em resposta, Rio explicou que foi feito um levantamento exaustivo da situação nas diversas escolas, e garantiu que o problema fica
resolvido em janeiro próximo, isto é, que nenhuma família terá de pagar por esse serviço de acompanhamento.
Disse que, a responsabilidade do acompanhamento das crianças é do Município, mas sustentou que não se justifica investir mais 600 mil
euros, até porque o problema só se verifica em algumas escolas: “se assim procedessemos estavamos a transferir recursos para onde eles não são precisos”, justificou.
CDU ABSTEVE-SE
A este propósito, o vereador da CDU, Carlos Almeida, que se absteve, disse que entende o “espírito generoso” da proposta do PS, mas não comunga dela, por entender que o sistema de fornecimento de refeições escolares está errado, por dever ser assumido pelo Município.
Uma posição, também, contestada por Ricardo Rio, o qual esclareceu que, se fosse a Câmara a assumir as refeições, esse serviço teria de
ser adjudicado a uma empresa privada, em detrimento das várias ipss’s ou pequenas empresas que fazem as refeições no modelo atual.
Retomando a palavra, a vereadora do PS disse ser duvidoso que o problema esteja resolvido em janeiro e lamentou a rejeição da sua ideia.