O homem acusado de matar Manu, o jovem de 19 anos, junto ao Bar Académico, em Braga, «não se vai dar como culpado», avança, hoje, o seu advogado. António Falé de Carvalho aponta que Mateus Machado não matou Manuel de Oliveira Machado.
«Os contactos que eu tenho tido com o arguido têm sido esporádicos, só hoje à tarde, após esta diligência aqui na PJ de Braga, é que eu vou falar sobre a posição que vamos tomar amanhã», referiu.
Ainda, garante que o suspeito não se vai dar como culpado «porque tudo indica que não foi ele que assassinou o infeliz do Manuel. Estava lá na mesma hora, mas não quer dizer que tenha sido ele o assassino», vinca.
O advogado também recusa que Mateus Machado tenha fugido à polícia. «Não é propriamente fugido, a comunicação social disse que ele estava fugido em Castelo Branco, mas não estava fugido, estava lá a viver com a namorada», sublinha.
OUVIDO PELA PJ
Mateus Machado será ouvido, esta tarde, pela PJ, em Braga. Tem 27 anos e está acusado de homicídio qualificado «com utilização de arma branca».
Segundo as informações, o crime aconteceu pelas 05h30, a 12 de abril, em Braga. «Por motivos ainda não totalmente esclarecidos, elementos de dois grupos distintos foram expulsos do estabelecimento comercial após uma discussão verbal», aponta a PJ.
«Depois, já no exterior do bar, voltaram a envolver-se em confrontos, desta vez com agressões físicas, tendo o suspeito, utilizando uma faca, golpeado a vítima, um jovem de 19 anos, na zona torácica e membro superior direito, lesão que veio revelar-se fatal, apesar do socorro de emergência», acrescenta. A PJ refere, também, que o suspeito «já se encontrava em fuga, refugiado numa zona isolada do interior do país e a preparar-se para fugir para o estrangeiro».
Ao que parece, a rixa terá começado depois de ‘Manu’ ter denunciado o grupo de homens que colocava substâncias nas bebidas das jovens.
Já depois do crime, o espaço da Associação Académica da Universidade do Minho já conta com duas tentativas de incêndio. A primeira tentativa, no domingo, levou os vários grupos pertencentes à Associação Cultural e Universitária da Universidade do Minho, ali sediados, retirassem do espaço os seus instrumentos.
A Universidade do Minho, como proprietária do edifício, cedido à Associação Académica, encerrou o espaço na terça-feira, por tempo indeterminado, depois de uma reunião entre o reitor da universidade, o presidente da Associação Académica e a PSP.