Centenas de elementos das forças de segurança concentraram-se este domingo diante do Palácio de Belém, em mais uma acção de reivindicação por melhores condições salariais e de trabalho, num protesto silencioso apenas intercalado pelo hino no render da guarda.
A concentração arrancou na fábrica dos Pastéis de Belém, seguida de uma curta caminhada ao longo da rua de Belém, quase todos vestidos de preto e vários munidos de bandeiras portuguesas.
“A segurança de Portugal e dos portugueses depende de nós, todos os dias, por um vencimento justo, por uma carreira, pela segurança de Portugal”, lia-se em algumas camisolas, representando a mensagem de protesto de PSP, GNR e corpo da guarda prisional.
Por entre muitos turistas que ficaram a assistir ao render da guarda junto ao palácio do Presidente da República, os elementos das forças de segurança permaneceram em silêncio, num protesto que se tem repetido ao longo das últimas duas semanas um pouco por todo o país e que, entre outros aspectos, aponta à equiparação do suplemento de missão que foi atribuído à Polícia Judiciária, que, em alguns casos, pode chegar a cerca de 700 euros por mês.
Estes protestos surgiram de forma espontânea, por iniciativa de um agente da PSP em frente à Assembleia da República, e não foram organizados por qualquer sindicato, apesar de existir uma plataforma, composta por sete sindicatos da Polícia de Segurança Pública (PSP) e quatro associações da Guarda Nacional Republicana (GNR), criada para exigir a revisão dos suplementos remuneratórios nas forças de segurança.
Os polícias mantêm os protestos e a plataforma tem agendado manifestações para Lisboa, a 24 de Janeiro, e para o Porto, a 31 de Janeiro.
A plataforma enviou ainda um convite aos partidos políticos para uma reunião em 26 de Janeiro para que esta questão seja discutida e assumida uma posição para o futuro.
A contestação está a mobilizar cada vez mais elementos das forças de segurança em todo o país, sendo as iniciativas organizadas através de redes sociais, como Facebook e Telegram.
Foto Facebook Movimento Zero/Arquivo