A cidade de Braga foi palco do protesto “O país arde, temos de acordar”, este domingo, junto ao coreto da Avenida Central.
Foi lido um resumo do manifesto do protesto tendo ocorrido várias intervenções de cidadãs e cidadãos com ligação às áreas da engenharia civil, engenharia florestal, ensino básico, secundário e superior, medicina e gestão de resíduos.
Nas imediações do coreto foi possível elaborar uma pintura temática com a participação de crianças.
O protesto foi convocado por uma “rede de ativistas, investigadores e organizações pela justiça climática e ambientalistas, que se começou a constituir após a falta de resposta nos incêndios de 2017 e na sequência da caravana pela justiça climática que atravessou as áreas mais afetadas pelos incêndios.
O seu objectivo é promover uma transformação real do mundo rural que reduza os fogos florestais e o avanço da desertificação, criando uma “floresta do futuro”. (Panfleto do protesto Informações relevantes e factos científicos)
Segundo a página Emergência Florestal do Instagram pode ler-se que a rede considerou bem sucedido o protesto na rua “para construir uma verdadeira floresta do futuro e por um território cheio de vida. Essa floresta tem ser arrancada às mãos da indústria do eucalipto e da biomassa. Temos de transformar a mistura explosiva de eucaliptal, pinhal e invasoras em verdadeira floresta e bosques resilientes, que aguentem o futuro mais quente, que travem o deserto e promovam uma rehabilitação digna do interior do país. Temos de, todas juntas, travar a crise climática para parar o agravamento destes fogos.”
De referir que na última década, os distritos de Braga e Porto registaram o maior número de incêndios, mas foram os distritos da Guarda e Castelo Branco que registaram maior área ardida em hectares, respectivamente, 102 mil e 52 mil.
“Para além de Braga, o protesto realizou-se também em Odemira, Lisboa, Porto, Coimbra, Castanheira de Pêra, Pedrogão Grande, Arganil, Coja, Vila Nova de Poiares, Sertã, Torres Novas. Portalegre, Aveiro, Melres e Gouveia”, segundo o ativista Carlos Dobreira.