Paulo Cunha, presidente da Distrital do PSD de Braga, anunciou esta segunda-feira que, através do seu grupo parlamentar, vai questionar o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, sobre “o flagelo dos incêndios [florestais] que paira no distrito”.
Referindo que, de acordo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), o distrito foi o que viu mais área ardida no primeiro semestre com2,383 hectares, cerca de 27% do total do país, o social-democrata diz que Braga “rejeita ser a capital dos incêndios”.
Em nota ao PressMinho, Paulo Cunha explica este cenário com a “falta de apoio”, já que “os organismos da protecção civil, nomeadamente as corporações de bombeiros, tudo têm feito para combater os incêndios e minimizar as suas consequências”.
“Mas falta apoio, e muito, tanto a nível material como humano, por parte do governo”, aponta Paulo Cunha, frisando que “os nossos bombeiros, por si só, não fazem milagres”.
“Continuamos a repetir os mesmos erros dos últimos anos e, se assim continuarmos, os resultados também não mudarão”, observa, acrescentando que “é essencial robustecer a acção preventiva”.
O presidente da estrutura bracarense assevera que “além da quase inexistência de apoio do Governo na capacidade de reacção aos incêndios, este Governo persiste em cultivar uma atitude de desconsideração com as forças instaladas no território, nomeadamente as corporações de bombeiros, com quem teima em não dialogar”.
Paulo Cunha defende um novo modelo de protecção civil, “cujos pilares fundamentais sejam as corporações de bombeiros e as entidades locais, nomeadamente os municípios, com quem se exige concertação estratégica essencial à defesa da nossa floresta”.