A quinta Solar das Bouças, em Amares, está à venda por 9,5 milhões de euros. A propriedade, do início do século XVII, tem 23 hectares de vinha, um solar com 13 quartos e, brevemente, viabilidade para construir cerca de 12.000 m2.
Este é o segundo imóvel mais caro à venda no distrito de Braga, segundo o jornal O Minho, no portal Idealista. Está a ser comercializada e especializada no segmento de luxo.
Além da produção da vinha, a quinta também tem alojamento e galeria de arte, acolhendo eventos. É o chamado «Art & Wine».
Hoje está em posse de sociedade de investimentos
Nos primeiros registos da propriedade, datados dos princípios do século XVII, esta pertencia à família Pinheiro de Almeida. A quinta integrava diversos campos de milho, pomares, hortas e pinhal.
A construção esteve quase devoluta durante algum tempo até Albano Castro Sousa o ter adquirido. Segundo o site Idealista, o edifício tornou-se “numa das mais respeitadas casas produtoras de vinho verde e um dos primeiros a apostar nas potencialidade dos vinhos de quinta».
Posteriormente, a propriedade foi vendida à Quinta do Noval da família Van Zeller, que criou em 1989 a firma «Solar das Bouças – Sociedade Vitivinícola, S.A».
Hoje, o Solar das Bouças pertence a uma sociedade de investimentos, com António Ressurreição na frente, classificando esta como «uma compra de paixão».
Casa das Bouças venceu Prémio Enoturismo 2022
O vinho do Solar das Bouças «tem já a certificação Kosher», aponta o site. Ainda, em 2022, ganhou o prémio Enoturismo.
A propriedade é constituída por vários edifícios, sendo o principal o Solar.
Capela com Jesus Cristo de João Cutileiro e outras obras de arte
Ainda no site, dá-se a conhecer uma capela «onde podemos admirar o espólio de obras inéditas de um escultor português renomado [João Cutileiro], como por exemplo a escultura de Jesus Cristo».
«Neste edifício encontram-se cinco das suites que poderão ser reservadas para dias de contemplação, descanso e transformação. A garrafeira está disponível para uma visita guiada, com as mais variadas garrafas de vinhos de prestígio e raras no mundo», aponta, ainda, o Idealista.
«Existem mais dois edifícios com alojamentos, um outro edifício onde se situa a receção (uma obra do arquiteto Jean Pierre Porcher), a adega (onde se faz a vinificação e engarrafamento dos vinhos produzidos na quinta), o salão de eventos, armazém dos equipamentos agrícolas e vários outros edificados passíveis de utilizações várias (as ‘cozinhas velhas’, azenha no rio Cávado e outras)», termina.
Em tom de novidade, o Idealista avança que, «em breve», o local «terá a viabilidade para construir cerca de 12.000 m2 que podem ser distribuídos por Hotel, Bungalows e Villas».