O secretário de Estado da Juventude e do Desporto reconhece que os jovens podem estar a facilitar nas medidas de segurança devido ao cansaço de estarem confinados. Abrir os bares não é, portanto, uma ideia “descabida”.
“Saturação, seguramente”. É assim que João Paulo Rebelo, secretário de Estado da Juventude e do Desporto, descreve à TSF o estado de espírito das camadas mais jovens, no rescaldo do confinamento e num momento em que a vida ainda não foi normalizada na totalidade.
Por isso, o membro do Executivo admite que a reabertura dos bares nocturnos pode limitar a vaga de festas ilegais e de ajuntamentos em espaços públicos, numa altura em que as faixas etárias mais novas têm formado aglomerados por algumas zonas do país.
O secretário de Estado admite, em declarações à TSF, que tal se deve “talvez também a um pensamento – que eu diria – errado, que é necessário desmistificar, de que este vírus pode ter menos impacto nas camadas mais jovens”. Uma mensagem que João Paulo Rebelo quer ver “contrariada”, já que, defende, “ter uma atitude responsável é essencial por parte de todos”.
“Há jovens que estão nas escolas, no 11.º ou no 12.º ano, e isso fá-los retomar as suas vidas, e pode haver a tendência de as retomarem com normalidade”, comenta o governante.
João Paulo Rebelo reconhece por isso as vantagens da medida que já foi defendida por vários deputados: a abertura controlada de espaços como os bares, para mitigar fenómenos de aglomerados nas ruas.
“É plausível se nós garantirmos soluções e saídas, procurarmos controlar através das vias do convívio normal. Sabemos que esses espaços são utilizados pelos jovens”.
“Não acho descabida a ideia, se se controlar melhor estes movimentos”, considera o secretário de Estado da Juventude e do Desporto, que aproveita para deixar um alerta aos jovens, mas também um voto de confiança.
“Tenho a certeza absoluta de que a juventude do nosso país saberá encarar com responsabilidade e responder à altura do desafio”.