Dentro de um ano, Terras de Bouro junta-se à lista de concelhos com uma Polícia Municipal. Inicialmente serão seis agentes, que terão pela frente a missão de zelar pela segurança da população, mas também assegurar a fiscalização num território que aposta no desenvolvimento turístico.
Em entrevista ao jornal “O Amarense”, o presidente da Câmara Municipal de Terras de Bouro, Manuel Tibo, começa por justificar a decisão de criar uma Polícia Municipal (PM) com a necessidade de auxiliar quem visita as cascatas e miradouros, de apoiar a realização dos eventos promovidas pelo município, proteger o património do concelho ou realizar sessões de esclarecimento sobre segurança à população, sobretudo à mais idosa.
Contudo, existe outro motivo, que decorre da revisão do Plano Diretor Municipal (PDM), que, após sete longos anos, está agora «a semanas» da sua conclusão.
Com a “exigência” da autarquia em assegurar que o novo PDM atraia «mais investimento de qualidade e regrado» para a Caniçada, «fazendo subir o patamar turístico» em Terras de Bouro, Manuel Tibo considera necessário olhar com «muita atenção» para as questões de segurança, de circulação e de ordenamento.
Como da GNR, com os postos do Gerês e de Terras de Bouro («que vai ser requalificado») e a Equipa de Busca e Resgate em Montanha, não se pode esperar que acorra a tudo em todo o lado, «até porque os meios não são muitos», a autarquia encontra na criação da PM a resposta.
«Sendo o ambiente e o turismo duas áreas fundamentais para o desenvolvimento do concelho, e o PDM agora a permitir mais construção, e consequentemente mais pessoas a fixar-se no concelho, vai ser necessária mais fiscalização e segurança», explica o autarca.
Sublinhando que a PM «é fundamental», Manuel Tibo assegura que o seu objetivo «não é punir». «Não se trata de punir o munícipe; trata-se, por exemplo, de explicar quais são as novas regras do PDM; e que estas são para cumprir», explica.
O autarca dá outro exemplo do que será uma futura missão da PM: vigiar a praia do Alqueirão, destino procurado por milhares de pessoas e turistas sempre que o tempo aquece.
«A Câmara Municipal não se pode demitir de uma responsabilidade de ajudar e de zelar pela segurança de quem nos visita, como dos que cá residem, e para dar cumprimento a estas missões é necessária uma Polícia Municipal», resume.
Nas contas do autarca, a Polícia poderá estar no terreno dentro de um ano. Inicialmente contará com seis elementos, a quem será ministrada a devida formação.
Tibo adianta que a PM ficará instalada no futuro armazém do município, na Balança.
De momento, a autarquia desenvolve os procedimentos para elaboração do projecto da “casa” e aquisição das viaturas da Polícia.
A criação da PM tem que ser aprovada em reunião de executivo e em Assembleia Municipal para, depois, ser ainda aprovada pelo Conselho de Ministros.
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