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Terras de Bouro volta a envolver-se na Braga Romana

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Braga volta a vestir-se a rigor para receber o quotidiano de Bracara Augusta e embarcar numa viagem de dois mil anos ao passado. Trata-se, já se percebeu, de mais uma edição da Braga Romana, que entre os próximos dias 17 e 21 de Maio, promete várias novidades, entre elas uma bem dos tempos de hoje, domínio das Media Arts, aos esperados 250 mil a 300 mil pessoas, representando um retorno económico de 10 milhões de euros.

Não é a única novidade que esta quarta-feira se ficou a conhecer na apresentação da edição número 19, personificada através da presença de 19 jovens vestidas de romanas. Sílvia Faria, chefe da Divisão da Cultura explicou: “temos aqui 19 mulheres bracarenses a personificar a Braga Romana e a coroar da melhor forma a nossa conferência, adornadas de tiaras de flores como sinal de boa sorte, de protecção aos nossos lares e de fortuna”.

Além da proposta das MediaArts, com uma performance que permitirá uma viagem audiovisual de 2.000 anos, o lote das inovações inclui o Teatro Clássico, que aposta na ‘Comédia da Marmita’, de Plauto, pelos alunos da Licenciatura em Teatro da Universidade do Minho. A peça ‘As Mulheres do Parlamento’, de Aristófones, pela Academia Tin.Bra, e outra, num evento conta ainda com a presença em programa de grandes grupos internacionais da arqueologia Musical, como os Ludi Scaenici e os Synaulia.

“Nesta edição queremos celebrar o simbólico, aquilo que nos religa no perímetro de 2.200 metros que compunha a área da cidade muralhada, revisitando os museus, os sítios arqueológicos – Fonte do Ídolo, Termas Romanas do Alto da Cividade e Domus da Escola Velha da Sé -; a Biblioteca e a sua Cloaca, as ruas, os espectáculos dos 5 palcos do evento, o acampamento da VI Victrix, o aldeamento brácaro e as iguarias e sucos de Baco nos Termopolios das praças alimentares”, enumerou Sílvia Faria.

Para os mais novos também há propostas. O largo de Santiago recebe uma área pedagógica com o Lyceus Romanus, e uma outra de jogos. Será ainda recriada a Domus Camali, uma casa romana com visitas encenadas. Nesta Braga Romana propõe-se, assim, a visita a 12 espaços de interacção, convívio e conhecimento.

VALORIZAÇÃO DA HISTÓRIA

Em números gerais, a Braga Romana irá proporcionar mais de 72 horas de programação, mais de 100 visitas guiadas, mais de 100 espectáculos em palco e mais de 130 actividades pedagógicas.

No Mercado Romano participam uma centena de mercadores e são mais de 60 as entidades do movimento associativo e escolar que participam na Braga Romana.

“Este é indiscutivelmente um dos grandes eventos anuais da cidade, que mais gente atrai e um dos mais acarinhados pelos bracarenses, que participam activamente no programa, assumindo a identidade colectiva”, afirmou o presidente da Câmara Municipal Ricardo Rio, na conferência de imprensa de apresentação do programa da Braga Romana, que decorreu, no Museu D. Diogo de Sousa.

Para o autarca, a Braga Romana é um “evento que traz muita animação à cidade, muito convívio, muita interacção entre os bracarenses e quem nos visita, mas que tem na sua raiz uma dimensão de valorização da nossa história e do nosso património, de que não abdicamos”.

ABERTURA A CARGO DE CRIANÇAS

Cabe aos mais novos a abertura da Braga Romana, no dia 17, pelas 10h00, com Ludi Florei – Florália. Na Praça Municipal, perto de três mil crianças celebram a Deusa Flora, símbolo do eterno renascimento da Primavera com um espectáculo multidisciplinar de cruzamento entre o circo, a música e dança. E que este ano será celebrado, também, para o público em geral no horário nocturno, após Rito Fundacional, a partir das 21h00.

Do vasto programa destaque para o Cortejo Triunfal que contará com mais de 500 participantes, para o Casamento Romano, os Baptizados e também o Funeral Romano. Despois do sucesso do ano passado o Circo Maximus está de regresso ao Pópulo.

Ricardo Rio destacou também a realização de uma mesa redonda, no dia 19, na Casa do Conhecimento da Universidade do Minho, dedicada ao tema ‘Oportunidades e Desafios da Arqueologia Urbana’ que vai apresentar os resultados da intervenção arqueológica da rua Nossa Senhora do Leite.

O autarca adiantou que até ao próximo mês de Junho vai ser lançado o concurso para a musealização da Insula das Carvalheiras, o que significa que na Braga Romana de 2025 “já teremos este espaço como um dos palcos mais especiais para essa edição”.

Assim, ao longo de cinco dias, é recriado todo o bulício das urbes romanas, para que todos possam partilhar o legado cultural dos antepassados, a história, o património e os costumes que fazem hoje a identidade colectiva de Braga.

Segundo o presidente da Associação Empresarial de Braga, Daniel Vilaça, a Braga Romana deve trazer à cidade entre 250 mil a 300 mil pessoas, representando um impacto económico de 10 milhões de euros.

A conferência de imprensa contou com as presenças do presidente da Câmara Municipal de Terras de Bouro, Manuel Tibo, que no próximo dia 27 promove uma caminhada pela Geira Romana, e da directora do Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa, Alexandra Lima.

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