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«Todo o mundo é composto de mudança»

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Opinião de Jorge Oliveira

 

Se, tal como a Whitney Houston, acreditarmos que as crianças são o nosso futuro, não teremos qualquer problema em aceitar, ou mesmo incentivar, que estas tenham uma voz e um palco onde partilhar a sua visão para o futuro.

Não há melhor forma de chegar ao coração e mente de um adulto que através de uma criança. Em questões ambientais, a mudança de comportamentos de adultos foi já muito bem sucedida recorrendo a crianças como instrumento de sensibilização.

O exemplo que para mim é paradigmático disto na nossa sociedade é a reciclagem. Apesar de os 3R’s, como aprendi na escola, se referirem em primeiro lugar a Reduzir e só em terceiro a Reciclar, o foco sempre foi o último. Foi nas escolas ensinado às crianças a importância da reciclagem, o porquê da reciclagem e como reciclar. Por sua vez, estas crianças ensinaram aos pais a importância da reciclagem, o porquê da reciclagem e como reciclar. E, mesmo que os pais não atribuíssem valor ao ato de reciclar, começaram a fazê-lo porque os filhos pediam e fiscalizavam. Assim se instituiu um hábito na nossa sociedade. Não sei se ganhamos consciência ambiental mas o hábito, em 20 anos, instalou-se.

Atualmente, a luta ambiental mais visível é outra e denomina-se “alterações climáticas” e, novamente as crianças, uma criança em particular, são o rosto de um movimento que pretende alterar comportamentos a nível global.

“Todo o mundo é composto de mudança”. Não sei se Camões era um estudioso da geologia mas parece que já sabia que as alterações climáticas são um facto cristalizado na melhor máquina do tempo, as rochas. Nos últimos dois milhões de anos foram registadas seis grandes glaciações intercaladas por períodos de aquecimento. A mais recente terminou há mais de 10 000 anos. De momento estamos num período de aquecimento e daqui a uns milhares de anos é previsível que ocorra uma nova glaciação.

Não vou aqui debater os efeitos da ação do Homem no clima da Terra mas, com ou sem o Homem, estes períodos de aquecimento e arrefecimento não deixariam de ocorrer.

Em 2016, de acordo com a Organização Mundial de Saúde 4,2 milhões de humanos morreram devido à poluição do ar e 829 000 devido a diarreias provocadas pelo consumo de água contaminada. Que este debate à volta da influência do Homem nas alterações climáticas não nos distraia daquilo que é realmente importante combater: a poluição do ar, da água e do solo. Haverá alterações climáticas mesmo sem o Homem mas só há poluição por causa do Homem.

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