O Tribunal de Braga voltou a adiar esta terça-feira, pela terceira vez, a leitura da sentença dos dois arguidos julgados pelo homicídio do jovem amarense Carlos Galiano, ocorrido em Outubro de 2021, no bairro do Fujacal, em Braga.
O adiamento surge na sequência da alteração dos factos, que “O Amarense” já noticiou, o que levou a defesa a solicitar a audição de duas testemunhas, que ainda vão ser ouvidas.
A nova sessão ficou marcada para o dia 05 de Janeiro de 2023.
O julgamento tem dois arguidos: o também amarense Luís Miguel Teixeira, conhecido pela alcunha de Max, o autor dos disparos que atingiram o antigo amigo, e Diogo Miguel Azevedo, de Braga, ambos em prisão preventiva.
A acusação do Ministério Público (MP) refere que os dois arguidos, ambos nascidos em 1998, agiram em «comunhão de esforços» e dirigiram-se, no dia 05 de Outubro de 2021, pelas 02h00, a um estabelecimento de snack-bar na Rua Monsenhor Airosa, em Braga, onde sabiam que podiam encontrar Carlos Galiano.
A vítima era «um outro homem com quem estavam ambos inimizados por considerarem que as declarações que prestara tinham sido decisivas para a condenação de um deles em processo criminal anterior, dele pretendendo, por tal motivo, tirar desforço».
«Tendo encontrado a vítima nesse local, dirigiram-se ambos à mesma e o arguido que fora condenado, com uma arma de fogo de calibre 6.35 de que se munira, atingiu-a com dois disparos no abdómen, os quais lhe provocaram ferimentos que, apesar do pronto socorro hospitalar prestado, vieram a provocar-lhe a morte», explica.
No dia seguinte ao crime, “Max” entregou-se na PSP de Braga. Em julgamento, confessou o crime, mas garantiu que “não o premeditou nem agiu por vingança”.