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Um pai não manda um familiar resolver o problema com o seu filho

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A abertura da escola à família e à comunidade é há muito tempo considerada fundamental pelos bons educadores e confirmada por recentes estudos sobre índices de qualidade da educação mas pressupõe convivência, reconhecimento mútuo, diálogo.

Apesar de inúmeros esforços e conquistas que vêm sendo feitas, a realidade é que estamos, ainda, longe do desejado, ficando, muitas vezes, apenas nos discursos e nas intenções, como visão romântica do assunto, trazendo quase sempre, experiências pontuais e descontínuas.

Imaginemos que um pai tem um problema com o seu filho. Não seria de todo compreensível que pusesse nas mãos de um amigo, de um tio ou de um irmão a resolução desse mesmo problema. Existir intervenção externa para orientar, aconselhar pode fazer sentido mas a decisão do caminho a seguir tem que ser sempre do pai.

Com a escola, o processo tem que ser igual. A estrutura escolar não pode resolver problemas delegando em entidades externas ou simplesmente riscar, adiar ou tentar passar pelos pingos da chuva na esperança que tudo se resolve. Não é por varrer o pó para debaixo do tapete que ele deixa de existir.

Mais grave seria, se a escola criasse um ‘muro’ à volta dela, impedindo que a comunidade e as instâncias públicas e políticas ‘entrassem’ no seu recinto. A história demonstra que o quero, posso e mando acaba por não dar bom resultado.

A escola é um espaço concreto da expressão do público porque atende a diferentes segmentos sociais. Para ela, dirigem-se todos os dias milhares e milhares de crianças, adolescentes e jovens, durante anos seguidos das suas vidas.

Ao defender a abertura da escola para a família e a comunidade, não se pretende sobrecarregá-la com mais uma responsabilidade social mas sim convocar utilizadores e instituições públicas, do território onde está inserida, a partilharem o seu projeto, na sua elaboração, no seu acompanhamento e na sua avaliação do processo pedagógico.

A aproximação da família e da comunidade com a escola, incluindo as instituições do poder público local e as entidades não-governamentais, é primordial para que a rede de proteção e garantia dos direitos da criança e do adolescente seja salvaguardada, de maneira a incluir todos, não permitindo nenhum tipo de exclusão.

Quando a escola dialoga com outros espaços de educação, procurando parcerias que têm os mesmos propósitos educacionais, sem intenção de substituir o poder público, começa a voar e a encontrar o seu caminho diferenciador, autêntico logo reconhecido.

Fortalecer a integração da escola com o território no qual está inserida, visando uma maior participação das famílias e dos representantes da comunidade local na construção e execução do seu Projeto Pedagógico. Este deve ser o objetivo das estratégias de articulação das escolas com os famílias dos estudantes e parceiros da comunidade.

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