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Vacinação contra a gripe em tempos de Covid-19

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A gripe pode ser uma doença grave e até mesmo mortal, especialmente em determinados grupos de risco – crianças com menos de 5 anos e adultos com mais de 65 anos, grávidas e indivíduos com patologias crónicas, como diabetes, doenças cardíacas, pulmonares, entre outras.

O vírus da gripe, também conhecido como influenza vírus, pode transmitir-se mesmo antes do início de sintomas, sendo possível estar infetado e permanecer assintomático, disseminando o vírus e contagiando outros indivíduos durante este período.

O início do outono é a época preferencial para reforçar a imunidade do nosso organismo contra a gripe, uma vez que esta imunização decorre nas 4 semanas após a vacinação. Considerando que o pico de incidência da gripe ocorre no inverno, todas as pessoas vacinadas no outono terão tido, à partida, tempo para desenvolver imunidade.

O vírus da gripe sofre mutações frequentes, que são tidas em conta na composição da vacina, a cada ano. Portanto, é importante que renove a vacinação anualmente. A vacina contra a gripe é eficaz. Estudos demonstram que reforça em mais de 80% a imunidade contra o influenza vírus e diminui em mais de 50% os internamentos por pneumonias de origem gripal.

Atualmente, face a uma segunda vaga de Covid-19 e num momento em que é expectável a coexistência do coronavírus com a chamada gripe sazonal, a imunização contra esta é ainda mais importante.

Ajudará no diagnóstico diferencial entre coronavírus e influenza vírus (gripe), considerando que epidemiologicamente as pessoas vacinadas apresentam manifestações mais leves da doença, bem como o facto da sua administração numa população mais vulnerável, levar a um reforço imunitário que, em teoria, irá diminuir a possibilidade de sobreinfeção (influenza e coronavírus).

Por outro lado, se se conseguir uma cada vez maior taxa de vacinação, espera-se diminuir a afluência desta patologia aos serviços de saúde, reservando maior espaço e tempo para atender à pandemia covid-19.

A vacina contra a gripe recomenda-se não apenas à população em geral como também aos profissionais de saúde, que são aliás um grupo prioritário para a vacinação, por estarem potencialmente expostos a este e outros agentes infeciosos, transmitidos pelos doentes ou mesmo por colegas, sendo que apresentam um maior risco de contrair gripe comparativamente a outros grupos profissionais.

A Organização Mundial da Saúde recomenda a sua vacinação contra o vírus da gripe, não só como medida de autoproteção e de manutenção do funcionamento dos serviços, mas também para reduzir a transmissão do vírus influenza a doentes vulneráveis.

Em diversos países, entre os quais se inclui Portugal, existem recomendações oficiais para que os profissionais de saúde se vacinem anualmente contra a gripe, preconizando-se que a vacinação dos profissionais de saúde engloba vários objetivos: a proteção pessoal dos profissionais e seus familiares contra a gripe; a proteção dos utentes dos serviços de saúde (a quem o vírus pode ser transmitidos por profissionais não vacinados); e a proteção dos próprios serviços de saúde, quebrando as cadeias de transmissão dentro dos serviços e diminuindo o absentismo laboral.

Termino assim com um apelo para que haja uma maior adesão à vacinação, não apenas pela população de risco, mas por todos, onde se incluem os profissionais de saúde.

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