OPINIÃO

OPINIÃO -
Vacinação – uma atitude de cuidado perante o outro

Share on facebook
Share on twitter

TÓPICOS

Share on facebook
Share on twitter

TÓPICOS

Ana Rodrigues

Enfermeira no Hospital de Braga

A pandemia que se vive tem sido das batalhas mais difíceis de se combater. Até hoje, registam-se, pelo menos 4,19 milhões de mortes no mundo, desde dezembro de 2019.

Resultado do esforço concentrado de vários investigadores, a vacinação surge como uma esperança no combate a um dos maiores flagelos da nossa história. No entanto, é alarmante o número de pessoas que têm recusado a vacinação.

Cabe, em parte, aos profissionais de saúde trabalhar a informação, educação e comunicação para uma maior adesão por parte da população.

Os factos têm vindo a comprovar o sucesso da vacinação ao longo do tempo. Houve uma queda drástica na incidência de doenças que provocam a morte de milhares de pessoas todos os anos até à metade do século passado.

A vacinação surgiu em 1796, quando um médico inglês, Edward Jenner, estabeleceu as primeiras bases científicas do processo. O trabalho de Edward Jenner, com a vacinação da varíola bovina, foi a primeira tentativa científica para controlar uma doença infecciosa através de uma inoculação deliberada e sistemática. Iniciou uma nova era da medicina, há mais de 200 anos. Atualmente existem mais de 50 vacinas em todo o mundo. 

Portugal acompanhou a história da vacinação. O Plano Nacional de Vacinação tem sido actualizado ao longo dos anos com a inclusão de mais vacinas adaptando-se à evolução da ocorrência de diversas doenças na população portuguesa e reconhecendo o inestimável benefício das vacinas.

Aderir à vacinação é defender uma atitude de prevenção.

As doenças infecciosas são doenças por norma transmissíveis, provocadas por um agente externo como um vírus, uma bactéria ou um parasita. Por outro lado, as vacinas são medicamentos que previnem as doenças infecciosas. Este medicamento é constituído por uma substância quimicamente semelhante ou derivada de um agente infeccioso causador de uma doença específica. Isto é, as vacinas são responsáveis por preparar o organismo para lutar contra doenças infecciosas, estimulando o sistema imunitário depois de reconhecer o agente invasor, produzindo anticorpos e proporcionando a eliminação do agente patogénico. 

A COVID-19 tem uma mortalidade de cerca de 2%, segundo dados da Universidade Johns Hopkins. Portanto, a alternativa é uma vacina que seja capaz de imunizar a maioria da população.

É importante entender que as vacinas são a forma mais efetiva de prevenir milhões de casos de doenças, deficiências ou mortes. Por coincidência ou não, no ano em que se procurava a aprovação da vacina contra a COVID-19, comemorou-se o 40º aniversário da erradicação da varíola, graças à vacinação.

A vacina gera imunidade, sendo segura, eficiente e uma importante aliada no controlo, combate e eliminação do vírus SARS-CoV-2 e protege não só quem a recebe, mas também a comunidade como um todo.

Cada pessoa que não se vacina contra a Covid-19 dá ao vírus uma hipótese melhor de sobrevivência.

Todos sabemos que a imunidade de grupo é essencial e que o ser humano não é a única espécie a utilizar o método de imunização coletiva.

Importa, acima de tudo, compreender que ao aceitares ser vacinado, estás a proteger quem está ao teu lado. A vacinação é um direito, mas também um dever! É fundamental para cada um de nós e para toda a sociedade.

Share on facebook
Partilhe este artigo no Facebook
Share on twitter
Twitter
COMENTÁRIOS
OUTRAS NOTÍCIAS