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Vale do Ave preocupado com decréscimo de compras de têxteis pela Inditex

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Há alarme no Vale do Ave com o decréscimo de compras feitas às indústrias têxteis e do vestuário (ITV) pelo grupo Inditex, da Galiza, Espanha, (dono das marcas Zara, Bershka, Stadivarius, e Massimo Dutti, entre outras). Mas a administração da empresa garantiu, em conferência de imprensa realizada na Galiza, que “vai continuar a manter uma relação estreita com as empresas portuguesas, até porque a produção de proximidade é importantíssima para a essência do negócio e para a qualidade da confecção”.

Segundo o presidente do grupo, Pablo Isla, as empresas têxteis portuguesas têm e continuarão a ter um papel “chave” no fornecimento da Inditex. “Em termos de produção não há uma variação significativa no peso dos fornecedores de Portugal [em 2018 face a 2017]. Portugal é um dos nossos mercado-chave em termos de produção e fornecimento e vai continuar a ser no futuro”, disse Pablo Isla durante a apresentação dos resultados de 2018 do grupo, na Corunha.

O Jornal de Notícias da última quarta-feira cita João Costa da Associação Portuguesa do Têxtil e do Vestuário, dizendo que há nova crise no sector, devido ao alegado decréscimo de compras da Inditex. O grupo galego estará a recorrer a indústrias turcas, aproveitando a desvalorização da moeda local, a lira, em 15 por cento.

Este decréscimo afecta vários concelhos minhotos, a começar pelo da Póvoa de Lanhoso, mas prejudica também a indústria de malhas de Barcelos, e as têxteis de Guimarães, Fafe e Vizela. Sem esquecer Vila Verde, onde o ramo tem alguma representatividade.

Na Corunha, Pablo Isla tinha apontado um peso de 20% das empresas do sector têxtil português no fornecimento de produtos ao grupo Inditex, em 2017, valor que se terá mantido inalterado em 2018, “independentemente de qualquer questão ou quebra pontual em determinada campanha”.

20% EM PORTUGAL

Segundo revelou, citado pelo jornal T, durante o exercício de 2018 “muitos fornecedores [em Portugal] aumentaram as vendas” para a Inditex, mantendo o grupo uma “relação estreita” com as empresas portuguesas, que “vai continuar no futuro”.

“Para nós a produção de proximidade em Portugal, Espanha e Marrocos é importantíssima para a essência do negócio e para a qualidade da confecção, independentemente de qualquer questão ou quebra pontual em determinada campanha, mas sem impacto na evolução estratégica do volume de produção nos nossos mercados de proximidade”, frisou o Pablo Isla.

O grupo apresentou os seus resultados anuais, onde avultam um aumento dos lucros em 2%, para 3.444 milhões de euros, e das vendas em 3%, para 26.145 milhões. O grupo emprega 174 mil pessoas em todo o mundo.

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