A Galeria da USF do Minho, pertencente à Unidade Local de Saúde (ULS) de Braga, inaugurou a exposição ‘Ver Braga pelos Utentes’, que estará patente até 29 de novembro de 2024. A exposição reúne nove obras de quatro utentes da ULS de Braga – Eloy, Sara Coelho, Iulian Florescu e Alberto Guimarães.
Os autores «encontraram na arte um refúgio e uma forma de terapia, explorando a pintura como um meio transformador, tanto para si mesmos como para aqueles que observam as suas obras», aponta a organização.
Eloy, diagnosticado com Parkinson, é «autodidata e utiliza a pintura como uma terapia e um meio de expressão», revela-se ainda.
«Sem formação artística formal, desenvolveu um estilo próprio, onde as cores vibrantes e a arquitetura ganham vida, refletindo a resiliência e a beleza da sua vivência diária, em que a doença é também uma parte integral da sua forma de criar arte», acrescenta.
Por sua vez, Sara Coelho, «desde tenra idade, foi influenciada pelo pai e incentivada a apreciar os detalhes e as cores vibrantes que a rodeiam», conta.
A sua abordagem à arte é «marcada pela liberdade criativa e pela experimentação, onde a técnica é guiada pela intuição e pela emoção, mantendo viva a espontaneidade do ato de criar», finaliza.
Iulian Florescu, natural da Roménia, vive em Braga desde 2022 e trabalha como artista plástico, sobretudo com pintura a óleo.
«Fascinado pela pintura clássica e pelo retratismo, Iulian encontra em Braga uma fonte de inspiração inesgotável», aponta a organização.
O artista descreve a cidade como «única através das suas particularidades e inconfundível».
Alberto Guimarães, também conhecido como Rob, exerceu a profissão de enfermeiro ao longo da sua vida, dedica-se à pintura depois de se ter aposentado em 2013.
«Autodidata, trabalha com várias técnicas, como a pintura a óleo, aguarela, guache, lápis de cor, grafite e sanguínea», diz a organização. «As suas obras focam-se principalmente em paisagens urbanas e rurais, bem como em motivos ferroviários», termina.
Francisco Fachado, Coordenador da USF do Minho, destacou o impacto transformador da exposição. «A arte é mais do que expressão.
Quem aqui passa, não fica indiferente a cada detalhe impresso nas obras destes quatro artistas, que o fazem com total entrega, em cada pincelada e em cada cor aplicada.
É nas telas que os nossos utentes encontram o refúgio e um espaço para exprimirem aquilo que são, dando a conhecer um pouco de si e do seu trabalho artístico», afirma.