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Violência doméstica já matou 21 mulheres em Portugal

Os dados mais recentes da Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG) dão conta da morte de 21 mulheres em contexto de violência doméstica, entre 20 adultas e uma criança, nos primeiros nove meses de 2022, um número muito próximo das 23 assassinadas em 2021.

Já PSP avança que deteve este ano 802 pessoas por violência doméstica, mais 35% face à média dos últimos cinco, e registou 13.285 queixas, um aumento de 6,3%, tendo ainda apreendido 279 armas relacionadas com este crime.

Os dados da PSP são divulgados por ocasião do Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres, que se assinala esta sexta-feira, dia em que se realizara “manifestações de luto” em Braga, Viana do Castelo Porto, Coimbra, Viseu, Lisboa e Vila Real, promovidas pela plataforma Rede 8M.

Segundo aquela força de segurança, 13.285 queixas pelo crime de violência doméstica deram entrada na Polícia desde o início do ano, um aumento de 6,3% comparado com a média dos cinco anos anteriores.

Os dados mais recentes da Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG) dão conta da morte de 21 mulheres em contexto de violência doméstica, entre 20 adultas e uma criança, nos primeiros nove meses de 2022, um número muito próximo das 23 assassinadas em 2021.

A PSP precisa que a violência psicológica é a mais denunciada, tendo representado no ano passado 96% das queixas, seguida da violência física, e a maioria das vítimas (80%) são mulheres.

Aquela Polícia dá também conta que, entre 1 de Janeiro e 31 de Outubro deste ano, foram detidas 802 pessoas por violência doméstica, mais 35% em comparação com a média dos últimos anos.

A PSP avança igualmente que, até ao fim de Outubro, foram apreendidas 279 armas, 115 das quais brancas e 111 de fogo, esclarecendo que estas armas, ainda que não tenham sido empregues na concretização do crime, foram referenciadas na avaliação de risco realizada pela polícia e cautelarmente apreendidas.

De acordo com aquela força de segurança, estas armas são usualmente confiadas à PSP até conclusão da investigação criminal, sendo muitas delas destruídas.

Em comunicado, a PSP refere que “os comportamentos violentos, físicos, verbais ou psicológicos, que consubstanciam o crime de violência doméstica merecem constante atenção por parte da Polícia de Segurança Pública, numa lógica de prevenção, sinalização precoce, protecção das vítimas e permanente trabalho em rede com outras entidades relevantes nesta temática”.

Neste âmbito, a PSP destaca os polícias com formação específica em policiamento de proximidade e, em particular, no contexto da protecção das vítimas de violência doméstica, através das Equipas de Protecção à Vítima (EPAV).

A PSP alerta para a necessidade de as vítimas e testemunhas “manterem a disponibilidade de denúncia das situações de violência doméstica”, sublinhando que todas as situações sinalizadas são “de imediato alvo de avaliação de risco” para serem adoptadas, com “brevidade, as medidas de segurança de protecção da vítima”.

DIA COR DE LARANJA

Também esta sexta-feira arrancou a campanha da Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres (PpDM) ‘16 Dias pelo Fim da Violência Contras as Mulheres e Raparigas’.

Trata-se de uma campanha anual, que se prolonga até 10 de Dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos, “recordando assim que a violência contra as mulheres é a mais frequente violação dos direitos humanos em todo o mundo”, refere a organização.

O dia 25 de Novembro foi também designado o Dia Cor de Laranja no âmbito da campanha UNiTE, das Nações Unidas, com esta cor a simbolizar um futuro livre de violência, mas também como forma de demonstrar a solidariedade com a luta pelo fim de todas as formas de violência contra as mulheres.

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