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CULTURA -
Braga lança documentário sonoro sobre a Urbanização das Parretas 

O projecto sonoro documental ‘AcustiCidade’, do Circuito – Serviço Educativo Braga Media Arts, procura contar a história das urbanizações bracarenses através de testemunhos dos seus moradores e da captação de paisagens sonoras.  Arrancou em Abril, nas ‘Parretas’, e é apresentado ao público este domingo, às 13h00, na RUM – Rádio Universitária do Minho.

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OPINIÃO -
A Telessaúde veio para ficar?

Opinião de Gonçalo Alves

 

A Telessaúde é um serviço inovador no atual contexto da pandemia e um progresso no setor da saúde, ao permitir uma maior proximidade com os doentes. Se dúvidas houvesse quanto à sua utilidade e à capacidade de resposta da Telessaúde, estas têm vindo a dissipar-se ao longo do último ano. A pandemia deu um impulso adicional à Telessaúde e permitiu entender que esta é um instrumento funcional e capaz de complementar ou mesmo intersubstituir, de forma adequada e dentro das limitações que conhecemos, consultas e outros atos presenciais, aliviando a pressão nos serviços de saúde.

Em plena pandemia, este serviço assumiu um papel fundamental na prestação de cuidados médicos e de enfermagem aos utentes (na idade adulta e pediátrica), tendo como principal vantagem a flexibilidade e facilidade de acesso a consultas, sem necessidade de se deslocar a uma unidade de saúde, diminuindo o risco de contágio de infeção pelo novo coronavírus. Através de uma teleconsulta, seja por voz ou vídeo, em pouco tempo é possível um profissional de saúde avaliar situações de doença aguda, permitindo, igualmente, manter o acompanhamento dos doentes crónicos, de forma continuada, seja por rotina ou devido a agravamento da doença. Por outro lado, a disponibilidade de videochamadas é uma mais-valia, dado permitirem fazer uma avaliação mais global do estado geral do doente e realizar parte do exame objetivo como, por exemplo, a observação da pele e das mucosas, permitindo fazer o diagnóstico de patologias que antes não era possível realizar à distância. Desta forma, a Telessaúde permite realizar aconselhamento e triagem, encaminhando para avaliação presencial apenas os doentes que realmente necessitam e reduzindo a carga nos serviços de saúde a nível dos cuidados de saúde primários e a nível dos hospitais.

Neste sentido, foi criado também o Balcão SNS 24 que é um espaço gerido por entidades externas ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) que aderiram ao protocolo entre a Administração Regional de Saúde (ARS) e a Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) para acesso e prestação de serviços digitais e de Telessaúde aos cidadãos.

O objetivo destes espaços é de facilitar e promover o acesso aos serviços digitais e de Telessaúde entre os cidadãos e os profissionais de saúde do Serviço Nacional de Saúde (SNS), através de criação de condições de maior proximidade e redução de barreiras em lidar com os meios técnicos ou mesmo pela sua inexistência.

Existem várias situações em que os doentes podem recorrer à Telessaúde, nomeadamente em situações de doença aguda, que podem ser rapidamente resolvidas, como por exemplo infeções respiratórias agudas (ex. amigdalites agudas, bronquites, sinusites), infeções do trato urinário, patologia do foro dermatológico, entre muitas outras. Por outro lado, também podem recorrer a este serviço os doentes que necessitem do acompanhamento de rotina, da realização dos rastreios adequados ao seu grupo etário, género ou situação clínica. Por último, os doentes crónicos que necessitem de realizar pedidos de exames complementares de diagnóstico de rotina ou de medicação crónica.

Durante este período pandémico, a Telessaúde teve um papel fundamental no acompanhamento de doentes, uma vez que houve períodos de grande congestionamento nos serviços de saúde, e em que havia dificuldade no acesso a consultas médicas/enfermagem e no acompanhamento presencial. Este serviço conseguiu colmatar algumas destas falhas e tornar a saúde acessível a todos. A Telessaúde é, assim, uma solução que, certamente, veio para ficar.