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OPINIÃO -
A Saúde mental dos homens

Opinião de Hélder Neto

 

Boys don´t cry” é o título de um documentário de Nick Ward, que vi recentemente, e que dá o mote à opinião de hoje. Tal como o título indicia (“Rapazes não choram” em português), o tema de hoje versa acerca da saúde mental dos homens.

Na maior parte das culturas, a crença de que “homens fortes não choram” é disseminada no âmbito de uma cultura de educação, culminando numa consequência profundamente gravosa. Ora, o resultado desta crença revela que, muitas vezes, as emoções contidas e recalcadas, naqueles homens, concorrem para situações que prejudicam outras pessoas, bem como a si mesmos. Para lidarem com sintomas graves, como os da depressão, muitos homens usam estratégias mal adaptativas, como o consumo de álcool e outras drogas.

Um estudo publicado no periódico “British Medical Journal” revelou que os homens que sentem estar abaixo dos padrões de masculinidade esperados, e incutidos pela sua cultura, como o de cuidarem financeiramente da família ou, até – um detalhe mais prosaico –, como o tamanho do pénis, faz com que se tornem mais propensos à violência. De entre as várias facetas dessa violência, destaco a violência doméstica, como um dos preços altos a pagar pelo estado da saúde mental masculina. 

Em Portugal, a realidade não é diferente. A taxa de suicídio, por exemplo, é quatro vezes mais elevada nos homens, sendo transversal a todas as faixas etárias. A taxa da depressão, a principal psicopatologia causadora do suicídio em Portugal, está entre os 2% e os 3%, para os homens, de acordo com os números do Instituto Nacional de Estatística (INE). 

Não obstante, desconfio destes números. As razões da minha desconfiança prendem-se com a observação diária, no âmbito da minha prática profissional. Neste sentido, relevo que só cerca de 10% dos meus pacientes são homens, sendo que – regra geral – estes procuram apoio depois de pressionados pelo seu círculo social e, apresentando, à data, um estado em que se verifica a existência de psicopatologias, há muito, instaladas. Por conseguinte, avento que os números reais estão muito além dos revelados pelo INE, uma vez que os homens não querem, ou não sabem, procurar ajuda, considerando que nada, jamais, os perturbará; “à homem”!

Urge, portanto, mudar mentalidades. Cabe a cada um de nós fazer a sua parte, educando e influenciando positivamente as nossas crianças e os nossos jovens. As nossas crianças e os nossos jovens são altamente influenciáveis, para o bem e para o mal, barro por moldar, cabendo-nos, a nós, adultos, aproveitar essas características, tão próprias, para o bem deles, e para o nosso.

Para terminar, ilustro, através de Fernando Pessoa, a postura de muitos homens: “eu que me aguente comigo e com os comigos de mim”.

ACTIVIDADE OPERACIONAL -
GNR deteve 314 pessoas em flagrante na última semana

A GNR realizou um conjunto de operações em todo o território nacional, entre os dias 31 de Dezembro de 2021 e 6 de Janeiro de 2022, que visaram, não só, a prevenção e o combate à criminalidade e à sinistralidade rodoviária, como também a fiscalização de diversas matérias de âmbito contra-ordenacional, tendo sido detidas no decorrer das mesmas 314 pessoas em flagrante delito.

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OPINIÃO -
Segurança Rodoviária

Opinião de João Ferreira

 

Por vezes o tema segurança rodoviária ainda é visto como “fiscalização” dos agentes de segurança e não como supostamente deveria ser entendido. Esta temática deveria ser interpretada como educação e respeito pelas regras de trânsito e por quem nele circula.

Para sensibilizar, ficam aqui alguns dados (entre janeiro e Setembro de 2021) sobre segurança rodoviária relativos a 2021. A nível nacional (continental) houve 20.476 acidentes em que resultaram 284 vítimas mortais e 1.491 feridos graves que resultaram de 2.346 atropelamentos, 10.915 colisões e 7.215 despistes. O distrito de Braga é dos distritos com maior aumento de casos, com vítimas mortais (+42,9%) e feridos graves (+ 26,0%) comparativamente a 2020 traduzindo-se em 30 vítimas mortais e 131 feridos graves (Fonte: Autoridade Nacional Segurança Rodoviária – ANSR).

No concelho de Amares em 2021 (até meados de dezembro) houve um decréscimo no número de acidentes (206) com vítimas comparativamente a 2020, mas por outro lado um aumento de feridos graves (3) e vítimas mortais (1) (Fonte: Guarda Nacional Republicana – GNR).

Felizmente, Amares é um concelho com poucas ocorrências, mas como transeunte vejo algumas preocupações que citarei. E para não existirem preconceitos, sou peão, sou condutor, pratico ciclismo, sou agente de proteção civil e sou pai. 

Assim, onde se devia e podia apostar muito, tanto na vertente preventiva como educativa, é junto das escolas, locais onde vejo mais perigos. É junto aos centros escolares que vejo pontos de maior atenção, desde locais de recolha de alunos tanto por pais como por meios de transportes públicos, alguns mal iluminados e sinalizados (horizontal e verticalmente).

Em particular no Centro Escolar de Ferreiros, em que os estacionamentos condicionam o trânsito e retiram visibilidade aos restantes condutores numa área onde circulam crianças, tornando-se um local passível de ocorrência de atropelamento. Mas o que choca mais é ver alguns encarregados de educação passarem com a criança de mão dada fora dos locais de passagem de peões, quando existem dois locais de passagem a menos de 100 metros um do outro. Provavelmente um dia poderão imitar os adultos, num mundo não tão “faz de conta”. Um local que outrora teve sinalização luminosa. 

Outros perigos são uso de roupas pouco visíveis para quem circula junto às bermas, bermas estas que, no meu modo de ver, deveriam ser “obrigadas” a possuir passeios, nomeadamente nas principais vias em pelo menos num dos lados da via. O uso do telemóvel, o consumo de álcool, velocidade excessiva são todas outras variáveis agravantes.  

Mas parte sobretudo da educação dos transeuntes que circulam na via pública, seja como peão ou passageiro. Desde o incumprimento do código de estrada até à falta de bom senso, podemos sempre corrigir e melhorar. E não podemos alegar que não existe sensibilização nesta área, pelo menos a ANSR tem levado a cabo iniciativas, na maioria em parceria com os Agentes de Autoridade, como GNR e PSP, tendo realizado 22 campanhas em 2021. Recentemente, também a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil desenvolveu uma “campanha” der sensibilização mobilizando meios de socorro de forma preventiva para pontos estratégicos.

Visite as páginas destas entidades e consulte desde a segurança à legislação, informe-se, previna-se e não se torne numa vítima de acidente rodoviário.

Vamos iniciar este ano de 2022 com o pé direito.

MORATÓRIAS -
CIAB apresenta instrumento que ajuda famílias endividadas na relação com a poderosa banca

O CIAB – Tribunal Arbitral de Consumo de Braga apresentou um instrumento que tem como função informar, aconselhar e acompanhar os clientes bancários que se encontrem em risco de incumprimento ou em incumprimento efectivo, relativamente às obrigações decorrentes de contratos de crédito à habitação e pessoal celebrados com as instituições financeiras.

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