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TERRAS DE BOURO -
“Lindo Linho 2022” desfilou com “Ousadia” na apresentação da nova linha

O espaço envolvente entre o Museu da Geira e o Museu Etnográfico de Vilarinho da Furna acolheu, na tarde deste sábado, o lançamento da nova coleção da marca “Lindo Linho”, desta feita a segunda desde a fundação da marca. Depois da apresentação da linha de 2022 foi tempo de dar lugar ao desfile e assim conhecer os vários coordenados – feitos com linho artesanal – através da “passerelle”. As criações resultaram de uma parceria com a Escola de Moda do Porto e a organização da iniciativa coube à “AFURNA” – Associação dos Antigos Habitantes de Vilarinho da Furna, em colaboração com o Município de Terras de Bouro.

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EDIÇÃO IMPRESSA -
Melhorar condições de visitação para atrair turistas e aumentar segurança em Terras de Bouro 

A Câmara Municipal de Terras de Bouro lançou um plano de melhoria das condições de visitação dos miradouros e cascatas, que já permitiu reabilitar diversos espaços e aumentar a segurança para quem os visita, num investimento de cerca de 125 mil euros realizado com o apoio do Fundo Ambiental e do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF).

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OPINIÃO -
Esperança no sucesso das Termas de Caldelas

Artigo de Marco Alves.

 

Tal como o Mosteiro de Rendufe, as Termas de Caldelas são um prestigiado emblema do concelho de Amares e do distrito. Outrora foram referência nacional no domínio do termalismo em Portugal. Devemos interpretar que as termas hoje em dia são destinos de promoção para a saúde e estilos de vida saudável, que incluem propostas de programas de natureza turística e lúdica que beneficiam a economia local. O conceito de termas, como o que conhecíamos, em pouco se assemelha à realidade atual. 

Devemos manter-nos alinhados com as tendências do sector a nível europeu. As termas são procuradas por pessoas com diversidades culturais, sociais e económicas evidentes, com perspetivas bastante diferenciadoras no que se refere às suas estadias.

Frei Cristóvão dos Reis foi figura relevante durante o século XVIII para o movimento que deu origem ao “renascimento” das águas medicinais de Caldelas. Em 1779, o frade carmelita, administrador da botica do Convento do Carmo em Braga, publica a obra intitulada “Reflexões Metódico-Botânicas”, onde faz várias considerações sobre as nascentes, salientando o desconhecimento dos locais quanto ao uso da água, enquanto medicinais, pois serviam-se delas apenas como nascentes vulgares para lavar roupa. 

Ainda assim, refere na obra a capacidade terapêutica notável da água para os tratamentos cutâneos e gástrico-intestinais, registando os diversos sucessos curativos obtidos por pessoas a quem aconselhou. O povo começou então a utilizar as águas medicinais, de forma desordenada e ainda sem instalações adequadas para tal. As águas de Caldelas começaram a ser administradas pelos frades do Mosteiro de Rendufe até extinção das ordens religiosas em 1834. Com a administração do Mosteiro, realizaram a mudança da utilização primitiva para uma utilização organizada encaminhada para uma exploração moderna, construíram quatro poços em pedra e instalaram a chamada “Bica de Fora”. 

Após o fim das ordens religiosas, as termas percorreram diversas administrações, o pároco de Caldelas, a extinta Câmara Municipal de Caldelas, o Visconde de Semelhe, empresas privadas e, recentemente, a Câmara Municipal de Amares. A vida da freguesia e do concelho ficaram infindavelmente associados às Termas, que aconselho vivamente a quem ainda não conhece.

As termas do país viveram tempos complicados até 2019, depois do Estado ter deixado de comparticipar os tratamentos termais aos utentes do SNS. Aguardamos com grande expectativa, após ambicioso regresso das termas ao poder local, uma procissão de gente como há muito não se vê na Vila de Caldelas.

Enquanto o poço não seca, não sabemos dar valor à água.