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OPINIÃO -
Luís Gonçalves, um legado  eterno dos amarenses

Por Mário Paula

Faleceu o Doutor Luís Eduardo Gonçalves, aos 25 dias do mês de dezembro do ano de 2023. Quis o destino que o Doutor Luís nos deixasse  no dia de Natal com 85 anos.

Falar do doutor Luís, se me permitem a expressão, do nosso doutor Luís, é falar de Amares e da sua generosidade ilimitada que o fez ser apelidado de o nosso “pai dos pobres”.

O Doutor Luís foi e será sempre um exemplo de generosidade, solidariedade e de uma bondade infinita. Foi um cuidador de gerações amarenses através dos pontos onde exercia a sua profissão.

Natural de Besteiros, formou-se academicamente na faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, seguindo as pisadas de seu pai, tendo sido um exemplo de profissionalismo na sua área, que o levou a ser diretor do centro de saúde de Ponte da Barca, entre muitos outros exemplos.

No seu concelho de Amares, onde residia orgulhosamente na sua propriedade rural na freguesia de Caires, desempenhou grande parte da sua profissão, destacando-se o trabalho na nossa Santa Casa da Misericórdia de Amares, onde exerceu a sua função de forma gratuita durante longos anos. Posteriormente, no seu consultório adjacente à farmácia Marques Rego, o doutor Luís “tocou” ainda mais  com a sua generosidade, as mais diversas gerações do nosso concelho, não olhando a estatutos sociais. Participou de forma gratuita com diversas entidades desportivas do nosso concelho, entre outras.

O “nosso” Doutor Luís não foi somente um exemplo de profissionalismo na área da saúde, foi sim uma referência dos melhores valores que o homem consegue desenvolver em si.

De muitas histórias se recheia a vida deste grande ser humano junto da nossa comunidade, por isso será sempre uma referência de carinho na própria história do nosso concelho.

O nosso concelho ficou mais pobre com a  partida física deste grande ser humano mas é de facto uma vila mais rica no seu património moral por ter possuído o privilégio de ter uma tamanha referência do que são os pilares da formação humana.

Como a sua amiga, professora Ana Maria Andrade, ao qual deixo desde já um agradecimento pela sua colaboração neste momento de dor, me confidenciou e passo a citar: “juntos conheceram meio mundo e o doutor Luís nunca deixou a sua terra, a menina dos seus olhos, Amares!”

Endereço um voto de pesar à sua família e amigos, pela partida de Luís Eduardo Antunes Gonçalves, bem como a todos que sintam a sua falta.

O seu legado é eterno.

BRAGA -
Braga celebra protocolo com a Delegação de Braga da Cruz Vermelha Portuguesa para apoio à Integração de Migrantes

O Município de Braga anuncia que vai celebrar um protocolo de colaboração com a Delegação de Braga da Cruz Vermelha Portuguesa, para apoio ao funcionamento do Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes (CLAIM). A proposta será analisada na próxima reunião de Executivo Municipal, esta Segunda-feira, 8 de Janeiro, no gnration.

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REGIÃO (Ponte de Lima) -
Janeiro convida a ir ao Teatro Diogo Bernardes, em Ponte de Lima

No ano em que se comemora o Vº Centenário do nascimento de Luís Vaz de Camões, o Teatro Diogo Bernardes dá as boas-vindas ao ano de 2024 com um espetáculo exclusivo para público escolar (turmas dos nonos anos dos Agrupamentos de Escolas do concelho de Ponte de Lima), “Os Lusíadas como nunca os ouviu”, ditos por António Fonseca, pela Companhia Nacional de Espetáculos, com duas sessões diárias nos dias 11 e 12 de janeiro, pelas 10.30 horas e pelas 15.00 horas.

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OPINIÃO -
Cusquices (janeiro)

Por Marco Alves

Reclamar é a forma mais sonante que o comum cidadão manifesta ao longo da sua vida. Poucas ou nenhumas vezes se apregoa a GRATIDÃO.

Assistimos a um número elevado, ou talvez seja mera coincidência, de obras públicas no grandioso e majestoso concelho de Amares. Repito, não vou referir se estão bem ou mal, as diversas obras espalhadas pelo município. Alguns conterrâneos parafraseiam nos habituais locais de escuta atenta: “Parecem as obras da Santa Engrácia”.

A igreja de Santa Engrácia foi fundada em 1568, por ordem da Infanta D. Maria, filha do Rei D. Manuel I, mas do templo dessa época nada resta. Em 1663 foi feito um concurso para o projeto de uma nova igreja, ganho pelo arquiteto João Antunes. Será então uma das primeiras obras de teor barroco do país, com uma localização privilegiada e vista desafogada sobre o rio Tejo. De grandes proporções e com modelo centralizado definindo uma planta de cruz grega (planta quebrada), evoca o templo italiano de San Pietro in Montorio e San Saitro em Milão, da autoria de Donato Bramante.

Devido a várias vicissitudes, entre as quais a morte do arquiteto e o terramoto de 1755, as obras só terminaram em meados do século XX, já como Panteão Nacional, função que lhe foi atribuída em 1916. No interior, para além da sepultura da cantora de fado Amália Rodrigues, encontram-se os restos mortais dos escritores João de Deus, Almeida Garrett e Guerra Junqueiro e dos Presidentes da República Manuel de Arriaga, Teófilo Braga, Sidónio Pais e Óscar Carmona. São ainda evocados por cenotáfios de Luís de Camões, Pedro Álvares Cabral, Afonso de Albuquerque, Nuno Álvares Pereira, Vasco da Gama e do infante D. Henrique. Mais recentemente a poetisa Sophia de Mello Breyner Andresen, falecida em 2004, e o jogador de futebol Eusébio da Silva Ferreira, falecido em 2014, encontram-se também sepultados no Panteão.

Por ter demorado tanto tempo a ser construída entrou no vocabulário popular para designar qualquer coisa que demora muito tempo a ser feita. Diz-se então que “parecem as obras de Santa Engrácia”.

O Panteão Nacional é um dos edifícios mais emblemáticos da cidade de Lisboa. Mesmo os desavisados que passam por ali enquanto caminham pela zona histórica de Santa Clara dificilmente conseguem resistir a aproximar-se da impotente construção, cuja cúpula pode ser vista a centena de metros de distância.

Curiosamente, o símbolo do barroco foi usado pelo Estado Novo como uma arma de propaganda: ao conseguir finalizar em 1966 um projeto que se havia arrastado por tantos anos de inconcluso, o governo passava a mensagem de ser capaz de solucionar problemas em curto prazo de tempo.

Já se avistam as majestosas vigas de ferro na feira…