Portugal registou em junho um excesso de mortalidade. Está em linha com a União Europeia (UE), revela hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE), que cita dados do gabinete de estatísticas europeu Eurostat.
O indicador de excesso de mortalidade calculado pelo Eurostat compara o número de óbitos registado em cada mês nos países da UE, Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça com o número médio mensal de óbitos verificado no período 2016-2019 (que é igual a 100).
Por definição, o excesso de mortalidade ocorre quando o número de mortes por todas as causas é superior ao que seria de esperar num determinado período. Quanto maior o valor, maior o número de mortes adicionais quando comparadas com as do período de referência.
Segundo as estatísticas vitais mensais hoje divulgadas pelo INE, que citam dados do primeiro semestre do Eurostat, a UE voltou globalmente a ter em junho (à semelhança de março, abril e maio) um excesso de mortalidade (o valor médio em junho foi de 102,5 óbitos).
Dos 27 Estados-membros da UE, 18 apresentavam em junho excesso de mortalidade, incluindo Portugal (106,6), que no primeiro semestre deste ano apenas não teve excesso de mortalidade em janeiro (96,9 óbitos).