Guimarães acolheu a sessão de ‘Apresentação das Tendências HeimTextil’ e Creative Textiles Forum, duas iniciativas do evento “Economia – Inovação & Fábrica do futuro”.
«Guimarães está a passar por uma forte transformação económica e cultural devido a iniciativas inovadoras que estão a revitalizar o setor têxtil e a impulsionar o desenvolvimento sustentável, com a “Fábrica do Futuro” a remodelar a paisagem económica da região, tornando-a mais sustentável e criativa», assinala a autarquia vimaranense.
Paulo Lopes Silva, Vereador da Câmara Municipal de Guimarães, considera que a cultura e a criatividade «emergem como catalisadores do crescimento económico e social de Guimarães, à medida que o concelho procura diversificar a sua economia e aproveitar o seu rico legado industrial».
Nos últimos anos, o setor têxtil tem vivenciado uma reabilitação da sua imagem, «demonstrando um compromisso sólido com a sustentabilidade ambiental, em grande parte graças à Contextile, que tem trazido novas perspetivas ao setor e inovações significativas».
Referindo-se à recente classificação de Couros como Património Mundial, o projeto “Bairro C” tem desempenhado um papel central nessa transformação, procurando o desenvolvimento do território em torno dos “C’s fundamentais”: Cultura, Criatividade, Ciência e Carbono Zero.
«É no ‘Bairro C’ que se pensa o futuro e onde se reúnem as principais áreas criativas e de formação’, com a Escola de Artes Performativas, o Instituto de Design de Guimarães, a Escola de Artes Visuais, a Escola de Engenharia Aeroespacial, a Universidade das Nações Unidas e os Fornos da Cruz de Pedra», assinalou.
Carlos Martins, responsável pela CEC 2012, elogiou o trabalho realizado na região nos últimos anos, destacando iniciativas como o “Bairro C” e o Teatro Jordão, que «têm tido um impacto significativo no cenário cultural e económico local».
Tom Fleming, consultor criativo e ex-colaborador da Guimarães 2012, sublinhou a importância de conectar os setores económicos, sociais e criativos numa cidade que funcione como um «espaço de 15 minutos», onde tudo o que é necessário está a uma curta distância, desafiando Guimarães «a adotar processos de trabalho colaborativos como um motor para a nova economia mundial».
Janis Jefferies expressou a oportunidade de conectar a indústria tradicional à tecnologia e à arte, destacando um espaço deixado pelo Brexit que a Europa pode aproveitar, uma vez que as universidades e institutos britânicos enfrentam desafios relacionados com mão de obra e financiamento.
Errol van de Werdt, que tem vasta experiência na conexão do setor têxtil à comunidade, mencionou o exemplo bem-sucedido de Tilburg, onde um pequeno museu têxtil aproximou a cidade à indústria têxtil, enfatizando o “Placemaking” e a economia circular como estratégias essenciais para o futuro.
A transformação de antigas fábricas em centros culturais e polos criativos «está a criar um território vibrante e dinâmico, ao mesmo tempo em que a transformação museológica está a moldar os museus para servir a comunidade e preservar a história local, com um foco na indústria».