O grupo parlamentar do PCP questionou, através da Assembleia da República, os ministérios da Presidência, da Economia e do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social sobre o processo de “despedimento colectivo encapotado de cerca de 150 trabalhadores” da empresa Coindu, com fábricas na vila de Joane (Vila Nova de Famalicão) e Arcos de Valdevez.
Em nota ao PressMinho, a Direcção da Organização Regional de Braga (DORB) do PCP refere que de acordo com relatos que lhe chegaram, o despedimento estará a ser comunicado “através do envio de “cartas individuais” aos trabalhadores em causa”, correndo “rumores da intenção de encerramento de unidades fabris” e das cantinas “a acontecer nos próximos dias”, nomeadamente em Famalicão.
Na nota, os comunistas afirmam que “ao longo da vida da empresa têm vindo a ter lugar diversos processos de despedimento colectivo, atropelando os direitos dos trabalhadores e tratando estes homens e mulheres de forma descartável”.
É neste contexto, que o PCP quer que o Governo diga se está ao corrente da situação da Coindu, empresa dedicada à produção de componentes para a indústria automóvel, se esta empresa tem alguma dívida à Segurança Social, solicitando que, em caso afirmativo, informação detalhada.
O PCP quer ainda saber que “apoios públicos, nacionais e comunitários, foram atribuídos a empresas dos mesmos proprietários da empresa Coindu nos últimos anos” e que medidas o Governo vai tomar para defender “os postos de trabalho, bem como os interesses e os direitos dos trabalhadores”.
Fundada em 1988 por uma família alemã com dois empresários portugueses, com 183 funcionários, o principal negócio desta multinacional é a produção de capas de assento para várias marcas conceituadas.
Segundo dados doa própria empresa, emprega mais de 3.800 trabalhadores em todo o mundo.