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Protestos. Director da PSP adverte para “linhas que não podem ser ultrapassadas”

O director nacional da PSP refere, em nota interna a todos os agentes do país, que “há linhas que não podem ser ultrapassadas por aqueles que têm por obrigação fazer cumprir a lei”.

No texto, a que a RTP teve acesso, Barros Correia relembra que tem assumido “o apoio aos polícias no que diz respeito às legítimas preocupações e reivindicações”, acrescentando que há “princípios basilares que não podem ser descurados sob quaisquer circunstâncias”.

“Tenho assumido publicamente, em inúmeras ocasiões e de forma inequívoca, o apoio aos polícias no que diz respeito às legítimas preocupações e reivindicações enquanto profissionais e como cidadãos, começa por escrever José Barros Correia.

“Quero nesta ocasião, reconhecer e enaltecer o elevado profissionalismo, grande brio e inexcedível sentido de missão evidenciado pelos polícias que, apesar de todas adversidades, continuam a cumprir com as suas funções de forma exímia, garantindo a segurança de todos os cidadãos e a defesa do Estado de Direito Democrático”, prossegue o responsável.

O director nacional da PSP trata, em seguida de sublinhar que esta força se pauta “por princípios basilares que não podem ser descurados sob quaisquer circunstâncias”.

“E é a forma como actuamos nos tempos de maiores dificuldades que nos define enquanto polícias e profissionais respeitados, sendo certo que há linhas que não podem ser ultrapassadas por aqueles que têm por obrigação fazer cumprir a Lei e, em qualquer circunstância, proteger o cidadão que juramos servir”, faz notar.

“MANTER A CONFIANÇA”

Na nota interna, Barros Correia sustenta que os efectivos da PSP devem “manter a confiança da população”, algo que descreve como “fundamental para a manutenção do sentimento de segurança e da paz pública”.

“Devemos ter sempre presente a nossa missão, os nossos deveres e a nossa grande responsabilidade de zelar pela segurança de todos e pela liberdade democrática”, lê-se na mensagem.

“Volto a apelar ao profissionalismo e dedicação de todos, relembrando ainda que a nossa maior prioridade é servir a causa pública, sempre na prossecução da máxima de ‘Uma Polícia das pessoas e para as pessoas: segurança, igualdade, respeito e confiança’”, remata.

Perto de três centenas de polícias concentraram-se no domingo, diante do Ministério da Administração Interna, no Terreiro do Paço, em Lisboa, em apoio aos responsáveis da PSP e GNR que ali se reuniram com o ministro José Luís Carneiro. Em declarações aos jornalistas no local, Humberto Alvão, do Sindicato Unificado da Polícia, referiu-se à concentração como um “movimento espontâneo”.

À saída da reunião, o ministro da Administração Interna revelou a intenção de participar ao Ministério Público todos os novos indícios de incitamento à insubordinação e eventual ligação a movimentos extremistas praticados por forças policiais.

A plataforma sindical de polícias veio, por sua vez, apontar “precipitação e alguma leviandade” à tutela por qualificar como insubordinados os agentes que entregaram baixas médicas e falharam o policiamento do jogo de futebol entre Famalicão e Sporting.

Com RTP

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