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EUROPEIAS

EUROPEIAS -
‘Cidadania contra a Indiferença’ apela ao voto no domingo apesar do ‘debate caseiro’ da campanha

O Movimento de Cidadania contra a Indiferença lamenta que as diferentes candidaturas às Europeias estejam a focar o debate em temas nacionais, marcado pelo “debate caseiro”, descurando deste modo “a sua obrigação de esclarecer os cidadãos sobre os temas que interessam a todos os europeus em geral e aos portugueses em particular”.

Dizendo em comunicado que a campanha para as Eleições Europeias do próximo domingo está a ser marcada pelo “debate caseiro” – numa” falta de respeito pelo eleitorado e pela importância destas eleições” -, o Movimento, de Braga, sublinha que a consulta acontece num contexto de” fragilidade para a Democracia na Europa, cercada pelos extremismos, pela xenofobia e racismo, a par da desinformação que afecta a qualidade do escrutínio”.

“Apesar deste incumprimento, que afecta a participação cívica, o Movimento espera que os portugueses ocorram às urnas, como o fizeram nas recentes eleições, reduzindo, substancialmente, o valor da abstenção que superou os 60 por cento nas últimas eleições europeias”, escreve Paulo Sousa, coordenador do Cidadania conta a Indiferença.

O Movimento afirma que nem as miniférias (segunda-feira é o feriado de 10 de Junho) pode justificar a ausência das urnas, dada a possibilidade de se poder votar em qualquer local do país, independentemente de onde se está registado.

REDESENHAR LOCAIS DE VOTO

Contudo lamenta, igualmente, que “tenha sido perdida a oportunidade de redesenhar os locais onde é possível votar e que já não correspondem à realidade urbana dos dias de hoje, em contraste com o que se passava nas primeiras eleições livres”.

Para explicar este desfasamento, dá como exemplo “paradigmático” a freguesia de S. Vítor, em Braga, que concentrando cerca de 30 mil potenciais votantes, numa área de território substancial, tem apenas um local destinado às urnas, o Forum Braga.

“A falta de visão e ou de vontade política não podem continuar a prejudicar a participação cívica, pelo que importa alterar, assim que possível, esta realidade que é mais um obstáculo à participação nas eleições, cabendo à CNE [Comissão Nacional de Eleições] e às Câmaras Municipais encontrarem soluções que vão de encontro às necessidades sentidas localmente por cada uma e cada um dos cidadãos habilitados a votar nestas eleições”, remata Paulo Sousa.

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